'Chegada e despedida': grávida com morte cerebral é mantida por aparelhos 42 dias até o parto

Por Luiza Vidal

O nascimento de Rhuan foi marcado por alegria, mas também por tristeza e despedida.

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A mãe Halana Santos Souza, 29, teve morte cerebral durante a gravidez e, até que o filho ganhasse peso suficiente, a equipe médica precisou mantê-la em aparelhos por 42 dias.

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O dia em que o bebê nasceu, em junho de 2023, também marca a data em que os aparelhos foram desligados pela equipe e a mãe partiu.

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No começo de maio, Halana estava grávida e começou a sentir febre, dor no corpo, náusea, diarreia. Ela foi levada ao hospital depois que os sintomas não passaram.

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Halana foi atendida e medicada, mas, com o passar dos dias, começou a sentir falta de ar e as dores pioraram. Ela precisou de uma transfusão de sangue.

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O médico, então, explicou que, por causa das complicações, Halana deveria ser intubada.

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Halana teve um quadro infeccioso que resultou em AVC hemorrágico. Os médicos disseram que o antibiótico estava combatendo a infecção, que tinha dado respostas, mas o estado era grave.

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Quando os médicos tiraram a sedação, Halana não apresentava mais sinais vitais. Ela teve morte cerebral, quadro irreversível, em que há ausência das funções cerebrais.

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Halana tinha anemia falciforme, uma doença caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, e, por isso, decidiu se consultar com a médica que a acompanhava para saber como seria a gravidez.

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Halana ficou feliz quando os profissionais de saúde disseram que o útero dela estava pronto para receber a gravidez e que não havia impedimento. Em março, ela descobriu que estava grávida de dois meses e meio.

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O bebê, prematuro extremo, nasceu quando a mãe completou 26 semanas de gestação. Rhuan pesava 825 gramas.

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Ele recebeu alta no dia 9 de novembro depois de passar 136 dias (quase 5 meses) internado no hospital.

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?Rhuan poderia não sobreviver mesmo com toda a assistência do hospital", disse Aline Vicente Maria da Silva, avó de Rhuan.

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O caso de Halana contou com a ajuda do projeto TeleUTI, iniciativa do Ministério da Saúde com o Hospital das Clínicas, na USP.

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O TeleUTI surgiu na época da pandemia para atender gestantes e puérperas, mas teve continuidade para reduzir mortes maternas.

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Publicado em 10 de janeiro de 2024.

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