Top 20

Pessoas para ficar de olho em 2021

Este ano foi marcado pela luta antirracista e o combate à desigualdade, agravada pela pandemia. Também deixou explícita a importância da ciência e de um sistema de saúde forte e fortaleceu o alerta da crise climática.

Muita gente vem influenciando o debate e assumindo a linha de frente na transformação por um mundo melhor.

Ecoa selecionou 20 nomes imprescindíveis para você conhecer e acompanhar em 2021.

Sheila de Carvalho

As colunistas Bianca Santana e Mariana Belmont indicaram Sheila Carvalho. Ela é advogada e tem feito importante trabalho pela população negra e pelos direitos humanos. Ela foi premiada como uma das Pessoas Afro-descendentes Mais Influentes pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2020.
Duda Gulman/UOL

Mariléa Almeida

"Mariléa é acadêmica, professora e pesquisadora, doutora em História. Ela escreve sobre bell hooks e várias autoras negras. Escreve contos; tem um texto incrível, acessível, potente e importante. Ensaios, poesias e contos sobre encruzilhadas, entre lugares e o meio do caminho", disse Mariana Belmont, colunista de Ecoa
Reprodução/Instagram

Namastê Messerschmidt

"O Namastê viaja o Brasil e o mundo dando aula e consultoria sobre sistemas agroflorestais agroecológicos, plantando muitas arvores, recuperando nascentes e praticando diversos outros serviços ambientais através do seu conhecimento e do seu trabalho. Por um Brasil mais agroflorestal, todos deveriam conhecer o trabalho dele", indica Bela Gil, colunista de Ecoa.
Arquivo pessoal

Katiúscia Ribeiro

A filósofa Katiúscia Ribeiro foi a escolha da editora de Ecoa, Fernanda Schimidt: "A pensadora tem promovido reflexões sobre filosofia e saberes afrocentrados que são extremamente necessárias para a construção de uma sociedade antirracista que dá protagonismo real à população negra".
Dani Villar/Arquivo Pessoal

Helena Singer

"Neste ano, uma ideia trazida por Helena - reabrir as escolas não para retomar as aulas, mas para reinventar o ensino - reverberou fortemente e foi encampada por vários atores do campo da educação. Em 2021, esse movimento ganha espaço com a iniciativa Reviravolta da Escola - ela é uma das cabeças à frente dessa ação que repensa as escolas no pós-pandemia. Helena também é referência em gestão democrática da educação", indica o colunista de Ecoa Rodrigo Ratier.
Arquivo Pessoal

Ventura Profana

A artista baiana é cantora, compositora, missionária e muito mais. "Acredito que ela irá representar uma nova cena na música underground, além de trazer discussões sobre gênero, raça e religião que têm sido cada vez mais necessárias", compartilha Sofia Favero, curadora de Ecoa
Reprodução/Instagram

Marcia Wayna Kambeba

Kabemba é geógrafa, ativista indígena e autora de três livros. Em "Saberes da Floresta", mescla entre saberes tradicionais e conhecimento secular da ciência. Em 2021, lançará seu quarto livro nos EUA. Ela foi indicada por Fred Di Giacomo, editor-assistente de Ecoa.
Márcia Kambeba/Facebook

Thiago Amparo

"Um ativista, estudioso, advogado preto e gay que tá tomando espaços na mídia e na sociedade que antes não tinha nem pretos e nem gays, é para se aplaudir e muito", diz M.M Izidoro, colunista de Ecoa. Para 2021, Thiago prepara o lançamento de seu primeiro livro, publicado pela Companhia das Letras. O advogado e professor Thiago Amparo ganhou destaque em 2020 com sua coluna na Folha de S. Paulo e em seu trabalho como comentarista na GloboNews.
Arquivo Pessoal

Maitê Freitas

Mais uma indicação de Bianca Santana, colunista de Ecoa: "A jornalista Maitê Freitas coordena a Editora Oralituras que vai começar a lançar livros de importantes autoras negras e indígenas no próximo ano".
Reprodução/Instagram

Nina Silva

A dica é da colunista de Ecoa Rosana Jatobá: "Entrevistei recentemente a Nina Silva, administradora com carreira consolidada na área de Tecnologia da Informação, e uma das criadoras do Movimento Black Money, hub para autonomia da comunidade negra. Nina tem transformado a vida de muita gente e é um exemplo de garra e superação, tendo nascido numa das maiores favelas da América Latina. Certamente será uma figura central nos próximos anos!"
Arquivo Pessoal

Alessandra Munduruku

A líder indígena Alessandra Korap, do povo Munduruku, ganhou neste ano o prêmio Robert F. Kennedy Human Rights. Ela atua contra o garimpo e contra madeireiros. "Seu trabalho tem grande relevância na luta pelos nossos territórios, pelo meio ambiente, pela demarcação das terras indígenas e contra a Covid-19", diz Hamagaí Marcos, curadora de Ecoa
Ana Mendes/Agência Pública

Fernando Baldraia

Neste ano, a Companhia das Letras contratou o historiador Fernando Baldraia para atuar como editor no seu núcleo de diversidade. Agora, pretende lançar mais de 100 projetos de autores negros, indígenas e LGBTQIA+. Baldraia está a frente da republicação de textos de Carolina Maria de Jesus, que sairão em 2021. Foi indicado pelo repórter Marcos Candido, de Ecoa
Divulgação

Deborah Martins

Bacharel em direito, chef de cozinha, artista e militante indígena e LGBTQIA+, Deborah Martins conduz o projeto Alecrim Baiano falando sobre alimentação e ancestralidade. "Deborah mostra a força das mulheres indígenas que seguem resistindo e construindo este país", indica Beatriz Sanz. repórter de Ecoa
Tatiana Salem Levy

Divanize Carbonieri

Escritora e professora universitária, foi uma das cinco finalistas do prêmio Jabuti este ano na categoria contos. "Ela trata da condição da mulher em nossa sociedade, traz luz a muitas vozes que não são ouvidas", diz Sandra Caselato, colunista de Ecoa
Reprodução/Instagram

Tatiana Salem Levy

"Não será nenhuma surpresa, mas vale estar atento à escritora Tatiana Salem Levy, que lança em 2021 um romance poderoso, Vista chinesa. Uma ficção de mãos cravadas no real, retratando a violência que vitimiza tantas mulheres. Dando voz a isso que ainda se cala, ainda se minimiza, se naturaliza, apesar de tanta luta. Um romance aflitivo, em diálogo imediato com a ruína do nosso tempo. Pode tocar fundo em muita gente." Quem indica é o escritor Julián Fuks, colunista de Ecoa
Divulgação

Gabriela Augusto

"Gabriela trás um lugar de fala de mulher trans negra empreendedora, e sua voz tem sido ampliada devido ao trabalho que ela tem realizado com inclusão de pessoas diversas em ambientes onde suas existências são sub representadas. É, para mim, a interseccionalidade representada em alguém", diz Noah Scheffel, curador de Ecoa
Reprodução/Instagram

Edson Kayapó

"Graduado em História pela UFMG, mestre em Educação Social pela PUC- SP e Doutor em Educação. Professor do Instituto. Tem pós-graduação em História e Historiografia da Amazônia, pela UFA. Atualmente é professor do Instituto Federal de Educação,Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). Sua atuação tem fortalecido o processo de descolonização dos saberes e pensamentos sobre os povos indígenas", completa Hamangaí Marcos, curadora de Ecoa
Reprodução/Youtube

Preto Zezé

Presidente da CUFA, o ativista atua há anos no movimento negro. "Preto Zezé tem sido apontado como possível elo entre Luciano Huck e a vida política e deve se destacar ainda mais no próximo ano", aponta Marcos Candido, repórter de Ecoa.
Divulgação

Linda Brasil

Eleita com recorde de votação em Aracaju (SE), Linda Brasil vai entrar em 2021 tomando posse para o seu primeiro mandato como vereadora. Além dela, outras pessoas trans terão destaque em câmaras pelo país como Erika Hilton (PSOL-SP), Duda Salabert (PDT-MG) e Thammy Miranda (PL-SP). Linda foi citada por Fred Di Giacomo, editor-assistente de Ecoa.
Reprodução/Instagram

Camila Cabeça

A artista paraense radicada no Acre é pesquisadora das culturas populares e desenvolve projetos de educação patrimonial desde 2006. Foi indicada por Jayce Brasil, curadora de Ecoa: "é feminista negra, artista da cantoria e da dança, produtora cultural e flerta com a comunicação. Reverbera a promoção da igualdade racial de mãos dadas com a arte".
Arquivo pessoal
Publicado em 30 de dezembro de 2020.
Reportagem: Beatriz Sanz; Edição: Fernanda Schimidt e Fred Di Giacomo

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