Dono da maior frota de veículos do Brasil e responsável por boa parte da produção automotiva do país, o estado de São Paulo também lidera em outro quesito:
Tem os carros zero-quilômetro mais caros.
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A razão para isso é a alíquota maior de ICMS em São Paulo - fazendo com que os automóveis fiquem, em média, 3% mais caros do que a média nacional.
Porém, no mercado de usados, os carros paulistas não têm a mesma valorização: na verdade, valem menos do que em outros estados brasileiros.
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Para se ter uma ideia, um Honda HR-V 2021, por exemplo, é 4,2% mais caro no Rio de Janeiro que em São Paulo.
Enquanto no estado carioca, o veículo é vendido a R$ 124.179,75, no paulista, o preço médio fica em R$ 119.181,34.
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Mas esta não é a única diferença: o preço de compra no Rio de Janeiro é menor (R$ 99.546,88) na comparação com São Paulo (R$ 105.164,43).
Com essa diferença nos valores, a rentabilidade dos vendedores no Rio de Janeiro é a de 25%, bem acima de São Paulo (13%).
O que afeta a precificação de um carro, além do estado de conservação, é a oferta que tem desse carro no mercado em relação à média de vendas mensal do modelo.
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O mercado de São Paulo tem a maior oferta do Brasil, porque tem a maior frota, isso significa que, principalmente na capital, os carros são mais rodados, batem mais e sofrem mais com o trânsito.
Apesar do cenário desfavorável para os paulistas, tentar vender o carro em outro estado não é tão simples.
Se a venda for de uma pessoa física para outra pessoa física, é provável que tenha que ser à vista, pois é difícil aprovar crédito nesse cenário.
Também é difícil vender para uma loja, pois é necessário que o carro passe por uma vistoria.
O que pode ser feito, em casos específicos, é vender um carro da capital no interior, que costuma ter menos modelos disponíveis, por isso, a valorização é maior.
O cenário inverso também pode ser interessante. Em alguns casos, é melhor procurar um carro usado na capital, aproveitando que eles custam menos.