Criada há mais de 20 anos, a dieta do tipo sanguíneo sugere que as características do sangue influenciam no metabolismo de determinados alimentos.
Assim, cada tipo tem um cardápio específico para ter mais saúde, reduzir o risco de doenças cardiovasculares e perder até 6 kg em um mês.
A teoria é boa, mas não se sustenta na prática. Falta comprovação científica sobre sua real eficácia. A perda de peso acontece no final das contas, mas devido aos alimentos consumidos.
Afinal, as quatro modalidades se baseiam no aumento do consumo de frutas e vegetais e sugerem que alimentos processados sejam evitados, o que leva a perda de peso.
Veja a seguir mais sobre a dieta:
Em 1996, o médico norte-americano Peter D'Adamo publicou o livro "Eat Right for your type" (Coma certo para seu tipo, em tradução livre, vendido no Brasil como A Dieta do Seu Tipo Sanguíneo).
O autor teoriza que os hábitos alimentares dos nossos antepassados colaboraram para definir o tipo sanguíneo de cada um.
Para D'Adamo, além de influenciar na transfusão sanguínea, estes tipos alterariam a maneira como o corpo metaboliza alguns nutrientes, determinando assim o que deve entrar ou sair do prato.
É uma hipótese estudada há tempos, mas ainda não demonstrada em estudos. Cada grupo tem alimentos positivos, que evitam e curam doenças; nocivos, que agravam condições de saúde; e neutros.
Cada tipo tem seu livro e um cardápio bem específico a ser seguido, com uma lista extensa de alimentos que acaba restringindo bastante a variedade da dieta. Em linhas gerais, desta maneira:
Sangue tipo A - Perfil agrícola: Sem proteína de origem animal, à base de frutas, vegetais e leguminosas.
Sangue tipo B - Perfil nômade: Deve evitar trigo, milho, tomate, lentilha, e aumentar o consumo de laticínios e ovos.
Sangue tipo O - Perfil caçador: Dieta rica em proteínas e limitada em grãos e laticínios.
Sangue tipo AB - Perfil enigma: é uma mistura do grupo A e B. Evitar cafeína e álcool. Aumentar a ingestão de laticínios, grãos e frutos do mar.
Todos os tipos devem evitar ou reduzir o consumo de leite (exceto o grupo B), cebola, tomate, laranja, batata e carne vermelha.
A dieta pode, sim, emagrecer, mas por conta da diminuição dos ultraprocessados e do alto consumo de frutas, legumes e verduras. Os especialistas apontam para o risco de carências nutricionais.