"Jogo da Imitação" é mais do que um filme, é uma aula de história. Dirigido por Morten Tyldum disponível na Netflix, o longa retrata a fascinante e trágica vida de Alan Turing.
Alan é um gênio matemático que quebrou o código Enigma usado pelos alemães na Segunda Guerra Mundial.
Turing, um indivíduo logicamente brilhante, mas socialmente inepto, junta-se a uma equipe montada pelo governo britânico com o objetivo de decifrar as comunicações nazistas.
Apesar de sua dificuldade em se relacionar com os outros, Turing rapidamente assume a liderança do grupo.
Com isso, ele se dedica à construção de uma máquina capaz de analisar todas as possíveis codificações do Enigma em um prazo de 18 horas.
A construção da máquina não só exigiu sua inteligência excepcional, mas também forçou Turing a aprender a importância do trabalho em equipe -- encontrando em Joan Clarke (Keira Knightley) uma incentivadora essencial.
A performance de Cumberbatch é impressionante, assim como Keira Knightley, que se destaca como Joan Clarke.
Keira oferece uma atuação que equilibra inteligência e empatia, servindo como uma âncora emocional para Turing.
A narrativa do filme não se limita apenas aos triunfos de Turing. Também aborda o trágico fim de sua vida após ser condenado por homossexualidade.
Em 1952, o gênio foi submetido a castração química e, dois anos depois, morreu em circunstâncias que apontam para o suicídio, embora sua mãe tenha refutado essa hipótese.
Em 2013, a Rainha Elizabeth concedeu a Turing um perdão póstumo, reconhecendo a injustiça cometida contra ele.
"Jogo da Imitação" é um filme que não só destaca a genialidade de Turing, mas também lança luz sobre o tratamento cruel que ele sofreu devido à sua orientação sexual.
A combinação de atuações poderosas, uma narrativa envolvente e a direção habilidosa de Tyldum fazem deste filme uma homenagem emocionante e necessária a um dos maiores intelectuais do século XX.