Participantes reprovam mudanças no trajeto da São Silvestre
Aline Küller e Rafael Krieger
Em São Paulo
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Aline Küller/UOL
Amadores criticaram as alterações do circuito da São Silvestre para 2011
A edição deste ano da São Silvestre trouxe mudanças no seu trajeto. A chegada da prova aconteceu no Obelisco de São Paulo, localizado próximo ao Parque do Ibirapuera, e a temida subida da Brigadeiro não terminou na Paulista e os atletas tiveram que percorrer mais três quilômetros, descendo a mesma avenida até a linha de chegada.
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O etíope Tariku Bekele, de 24 anos, só havia disputado uma prova de 15 quilômetros antes de vencer a Corrida de São Silvestre no último sábado. Especialista em provas de até 5.000 m na pista, o irmão mais novo do ídolo local Kenenisa Bekele admitiu que teve sorte no novo percurso da prova nas ruas de são Paulo. Leia mais |
Com as alterações, o novo trajeto não agradou a maioria dos participantes entrevistados pela reportagem do UOL Esporte, que reclamaram das mudanças.
Para Antonio Tadeu Ângulo, que participa da prova há 15 anos e que há quatro corre homenageando o ídolo Roberto Carlos, a prova perdeu o "glamour". "O grande glamour da prova era a entrada da Brigadeiro na Paulista. Não gostei da mudança", afirmou.
O professor de muay thai, Leal Ferreira, 37 anos, engrossou o discurso. "Horrível, não gostei, assim como outros amigos meus com quem conversei. Era mais fácil, já estávamos acostumados antes", reclamou.
Alan D´Angelo, coordenador da equipe Run for Fun, de Manaus, também fez críticas ao novo trajeto. "É complicado, aumenta o percurso e atrapalha a logística", explicou.
"Lascou nós, já que não corremos todo o trajeto", revelou o casal Macambira e Querendina, da Paraíba, que participaram da prova pedindo mais atenção para o meio-ambiente fantasiados de árvores e pretendiar pegar um "atalho" após a passagem pelo estádio do Pacaembu.
Já Suerlando Oliveira da Silva, que corre a prova há quatro anos com uma roupa de Uga-Uga, o novo trajeto ajudar a diminuir a "muvuca" que existia antigamente na descida da Consolação. "Achei legal (a mudança). Antes a descida da Consolação virava uma muvuca, era impossível conseguir correr naquele trecho", comemorou.
Outro que gostou das alterações, principalmente pela descida na parte final da prova, foi Vagner Carlos Martins, que pretendia correr os 15 quilômetros da prova equilibrando dois copos cheios de água em uma bandeja, para fazer justificar a sua roupa de garçom.
"É descida, Deus ajuda", falou aos risos.
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