O cadeirante Israel Cruz Jackson de Barros, 40, que morreu enquanto disputava a São Silvestre-2012, não queria participar da prova. Segundo sua mulher, Adriana Mendonça, em entrevista à TV Liberal, no Pará, o atleta estava temeroso com o percurso.

A família, que mora em Ananindeua, região metropolitana da capital Belém, está abalada com o ocorrido. "Estou arrasada, ele era muito querido. Essa corrida foi a única que ele não quis participar, só foi porque já estava com a passagem comprada", declarou, emocionada, Adriana.

"Ele disse que tinha muita subida durante o percurso, que era perigoso, e pediu para eu orar por ele", completou a mulher de Israel.

A filha do casal, Keline Vitória, também se emocionou: "É difícil para a gente. Eu sou filha única", disse.

Segundo informações do Comitê Organizador da prova, ele estava descendo a ladeira da Rua Major Natanael quando perdeu o controle e se chocou com o muro do Pacaembu, de acordo com relatos de testemunhas ouvidas pelos organizadores.

Foi atendido de forma imediada, afirmaram os organizadores. Então, foi levado para o Hospital Santa Casa de Misericórdia por uma ambulância que estava ao lado do local do acidente. Ele entrou no hospital às 7h35 da manhã e morreu às 8h50 por conta dos ferimentos sofridos com a batida por volta das 6h50. Os cadeirantes largam antes dos pelotões de elite masculino e feminino.

A inclusão da rua Major Natanael no percurso foi muito criticada por cadeirantes, que consideravam o trecho perigoso para acidentes. De fato, houve acidentes neste trecho na última prova. Houve modificações no trajeto da corrida para este ano, mas a ladeira permaneceu.