Descida da Brigadeiro vira motivo de piada para brasileiros da São Silvestre

Rafael Krieger

Em São Paulo

  • Sergio Shibuya/ZDL/Divulgação

    Damião Ancelmo posa com Marilson: "A gente desce 'embolando' mesmo"

    Damião Ancelmo posa com Marilson: "A gente desce 'embolando' mesmo"

Tradicionalmente, a subida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio era o trecho mais temido da Corrida de São Silvestre. Tratava-se do trecho final, logo antes da curva à direita na Avenida Paulista rumo à linha de chegada. Mas, neste ano, a subida virou descida.

Com a mudança no trajeto e a chegada no Obelisco do Ibirapuera, o final da prova será no trecho Brigadeiro abaixo, no sentido dos Jardins. O atual campeão Marilson Gomes dos Santos já reclamou da alteração. Mas outros brasileiros gostaram, e até fizeram piada.

"Eu até agradeci às pessoas inteligentíssimas que fizeram esse novo percurso, porque eu gosto tanto, mas tanto de descida que meu nome é Marily dos Santos, e todo santo ajuda na descida", brincou a brasileira que chegou em terceiro lugar na São Silvestre em 2008 e 2009.

O alagoano Damião Ancelmo de Souza também se disse empolgado para correr ladeira abaixo no sábado; "A gente desce ‘embolando’, né. Não tem muito o que pensar muito em estratégia. Então a gente desce ‘embolando’ mesmo e chega até lá embaixo, vai ser legal".

Mais preocupado com a mudança do que Ancelmo, Marilson evitou fazer previsões sobre novos recordes ou um suposto favoritismo dos africanos, já que o novo percurso é repleto de descidas e tende a ser mais rápido do que o anterior.

"Tem que esperar para ver. Não sei se vou me adaptar bem ao novo percurso, temos que aguardar o desenrolar da prova", ponderou Marilson, que disse não ter feito nenhum tipo de preparação específica para o novo trajeto da São Silvestre.

Além da Brigadeiro, outra descida ainda mais íngreme preocupa os participantes: a da rua Major Natanael, no Pacaembu. Será um desafio para os cadeirantes, que farão a primeira largada da São Silvestre, às 15 horas (de Brasília) do sábado, na Avenida Paulista.

Às 15h10, será dada a largada para os atletas com deficiência. A elite feminina começa às 17h10, e a elite masculina fará a largada às 17h30. No ano passado, o melhor tempo foi de Marilson dos Santos, com 44min04s. O recorde é de Paul Tergat desde 1995, com 43min12s. No feminino, a melhor marca foi registrada no ano passado, com os 50min19s de Alice Timbilili. 

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