Acusado pela FA (Associação Inglesa de Futebol) de forçar o recebimento de cartões amarelos para favorecer apostadores, o brasileiro Lucas Paquetá corre risco de receber uma suspensão de até seis anos.
Pelo menos, foi essa a punição aplicada pela entidade que gerencia a modalidade na Inglaterra da última vez que teve de lidar com uma infração semelhante.
Em 2018, o lateral Bradley Wood, que disputava a quinta divisão inglesa pelo Lincoln City, foi considerado culpado de ter recebido cartões propositalmente em dois jogos da FA Cup.
Segundo a FA, o jogador cometeu 25 infrações diferentes ao produzir uma "manipulação esportiva de eventos capaz de alterar o mercado de apostas".
A entidade chegou a pedir o banimento do atleta, mas teve de se contentar com um afastamento de longo prazo.
A suspensão de Wood terminou no último mês de março. No entanto, ele ainda não voltou a jogar profissionalmente e, aos 32 anos, dificilmente encontrará um clube para retomar.
As possíveis infrações que Paquetá teria cometido se assemelham bastante às de Wood.
O meia tem sido investigado pela FA há quase dois anos, depois que sistemas de alertas de casas de apostas esportivas detectaram volumes de dinheiro acima do normal apostado em cartões amarelos que seriam recebidos pelo jogador em quatro partidas.
Para piorar, foi identificado que essas apostas eram oriundas da ilha de Paquetá, região do Rio de Janeiro onde o brasileiro nasceu e cresceu.
Agora, o meia tem até o dia 3 de junho para apresentar uma defesa por escrito à FA e tentar evitar a sanção. O jogador nega as acusações.
Até que a FA divulgue uma decisão final sobre o caso, Paquetá poderá continuar atuando normalmente.