Para quem se preocupa com um estilo de vida saudável, mas nem sempre consegue ter uma dieta balanceada, prover a ingestão diária recomendada de vitaminas e minerais com uma pílula pode ser uma boa estratégia.
Para atender a esse tipo de demanda, os multivitamínicos surgiram como uma espécie de garantia dietética ou nutricional.
Projetados para complementar a dieta de pessoas saudáveis, eles são classificados como suplementos [complementos] alimentares.
Esses suplementos não são medicamentos, ou seja, eles não tratam, previnem ou curam doenças, mas a maioria das pessoas faz uso deles com esse objetivo.
De acordo com a Anvisa, suplementos alimentares são produtos para ingestão oral, apresentados em formas farmacêuticas e destinados a suplementar a alimentação de indivíduos saudáveis.
A legislação brasileira não utiliza o termo multivitamínicos e, portanto, muitas vezes eles são referidos como polivitamínicos, poliminerais ou simplesmente vitaminas.
O uso desses suplementos diariamente pode ser útil para aumentar o consumo de nutrientes, especialmente quando sua dieta não estiver suprindo suas necessidades.
Apesar disso, antes de começar a usá-los é preciso considerar alguns fatores individuais, como o estado geral de saúde, idade, além do uso de determinados medicamentos.
Excessos de vitamina A durante a gravidez podem prejudicar a saúde do bebê; excesso de zinco já foi associado à deficiência de cobre, um elemento necessário para a formação do sangue e proteção neurológica, esclarecem os especialistas.
Pessoas com doenças hepáticas e renais podem sobrecarregar e até intoxicar esses órgãos devido ao acúmulo de vitaminas e minerais.
Quando o suplemento é a cafeína, que pode ser obtida por meio de variadas fontes (café, chás, chocolate), o uso combinado poderá gerar sintomas como ansiedade, dores de cabeça etc.
A creatina é outro exemplo: a sobrecarga também pode agravar problemas renais que, por vezes, a pessoa nem sabe que tem.
Entre os motivos que levam as pessoas a usarem suplementos e multivitamínicos é a crença de que eles são capazes de prevenir doenças como o câncer, enfermidades cardiovasculares, doenças do pulmão, psiquiátricas e mais.
A maioria dos estudos hoje disponíveis e que buscaram entender a associação entre o uso de multivitamínicos e as doenças acima indicadas concluíram que eles têm pouco ou nenhum efeito em resultados de saúde.
Até o momento, os cientistas não puderam concluir que, de fato, esses benefícios existam. Os dados são do Instituto Nacional de Saúde (EUA).