"Mulan" marcou gerações com o desenho original de 1998, graças aos seus números musicais e a história de uma guerreira invejável.
Aguardado por muitos, o live-action da trama seria lançado no final de março de 2020, bem no período em que a covid-19 causou a paralisação de atividades em todo o mundo.
Sendo assim, a versão de 2020 de "Mulan" pode ser considerada uma verdadeira lenda injustiçada.
Diferente do desenho original, o filme é uma reinterpretação da lenda folclórica chinesa sobre Hua Mulan, agora mais espirituosa e interpretada por Liu Yifei.
Além disso, o longa é uma verdadeira homenagem aos filmes chineses e suas icônicas cenas de luta.
A produção se inspira no poema chinês "A Balada de Mulan", que remonta à Dinastia Wei do Norte (386 d.C - 557 d.C.), trazendo uma perspectiva mais autêntica e profunda da heroína.
Na trama, Hua Mulan é a filha mais velha de um honrado guerreiro.
Quando o Imperador da China emite um decreto exigindo que um homem de cada família sirva no exército imperial, Mulan decide tomar o lugar de seu pai doente.
Assumindo a identidade de Hua Jun, ela se disfarça de homem para combater os invasores que ameaçam sua nação, provando-se uma guerreira excepcional.
A Disney fez diversos testes com o público chinês antes de lançar o live-action, resultando em algumas alterações significativas, como a remoção de um beijo entre Mulan e seu par, que não foi bem recebido.
Essas mudanças refletem um esforço para respeitar a cultura e as sensibilidades chinesas, algo que a animação de 1998 falhou em capturar completamente.
Embora o filme de 2020 omita alguns elementos icônicos da animação, como o dragão Mushu e as canções memoráveis, ele oferece uma versão mais madura e respeitosa da lenda de Mulan.
O final também diverge da animação, trazendo um desfecho mais alinhado com a tragédia original do poema, onde Mulan retorna para casa após suas batalhas apenas para descobrir que seu pai faleceu.