Filme de ficção científica nacional com paratletas superpoderosos e sexo biônico é surpresa positiva na Netflix que você ainda não viu

Por Luiza Missi

"O ano é 2035, e o mundo mudou". É com essa frase enigmática que começa "Biônicos", ficção científica nacional já disponível na Netflix.

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A obra imagina um cenário em que o avanço da tecnologia das próteses revolucionou o esporte e aprofundou os problemas da sociedade.

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Na história, as próteses viraram um sonho de consumo para atletas.

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Os novos modelos tornam obsoletos os atletas sem deficiência, que chegam a considerar amputações ilegais para se tornarem biônicos.

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Essa revolução divide a família das irmãs Maria (Jessica Córes) e Gabi (Gabz): ambas são corredoras, mas apenas a segunda tem a carreira impulsionada por uma prótese na perna.

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Bruno Gagliasso descreve seu personagem como "tarado" pelas próteses.

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Em entrevista a Splash, ele conta que se empolgou gravando uma cena de sexo e sugeriu ao diretor Afonso Poyart que o personagem lambesse e acariciasse uma perna biônica.

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Presente na gravação, Jessica Córes se impressionou com a disposição de Bruno.

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Além de especialistas em efeitos especiais que editaram mais de mil frames individualmente, a equipe também contou com a ajuda de atletas com e sem deficiência para explicar os movimentos.

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Eles ajudaram a imaginar, por exemplo, o que o corpo precisaria fazer para executar saltos biônicos que ultrapassam a marca de 15 metros.

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Usando a arquitetura brutalista de São Paulo para criar um ambiente cyberpunk, a produção tenta imaginar os impactos específicos dos avanços na tecnologia na sociedade brasileira.

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Ao mesmo tempo, "Biônicos" segue a tradição do gênero usando o futuro para propor reflexões sobre o presente.

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A trama nasceu de uma polêmica real envolvendo próteses nas Olimpíadas.

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Em 2012, o paratleta sul-africano Oscar Pistorius venceu uma disputa na Justiça e conquistou o direito de concorrer com atletas sem deficiência.

AFP PHOTO/MUJAHID SAFODIEN
Publicado em 05 de junho de 2024.

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