São Paulo faz 468 anos

10 endereços que fizeram a história da boa mesa em SP (e seguem na ativa)

Por Gabrielli Menezes

Ao longo da história, São Paulo se firmou como um importante polo gastronômico do país e do mundo. Exemplo disso é que recentemente a cidade desbancou Nova York (EUA) e ficou em 7º lugar na preferência dos viajantes apaixonados por comida no Travelers' Choice Awards, do Tripadvisor.
Fandrade/Getty Images
Além de ser chamariz para turistas, a culinária oferecida na metrópole é orgulho para os paulistanos que veem no prato um reflexo da diversidade populacional da capital. É possível provar de um tudo!
Tuca Vieira/Folhapress
Para comemorar os 468 anos de São Paulo nesta terça (25), destacamos 10 endereços que fazem parte da construção identitária da cidade e seguem firmes e fortes na ativa.
Rivaldo Gomes/Folhapress

1. Santa Tereza

A mais antiga padaria de SP fica atrás da Catedral da Sé e foi fundada em 1872, ainda no Brasil Imperial, por imigrantes portugueses.
Vinicius Pereira/Folhapress
Mudou de endereço e de proprietários, mas uma receita se mantêm há mais de um século como ícone do lugar: a enorme coxa-creme. O piso superior é uma viagem ao passado e funciona como restaurante.
Vinicius Pereira/Folhapress

2. Ponto Chic

A lanchonete faz 100 anos e tem quatro unidades na cidade. A primeira foi inaugurada no ano da Semana de Arte Moderna de São Paulo, 1922, no Largo do Paissandú.
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O sucesso da marca é o bauru (rosbife, queijos e tomate no pão francês), criação de um cliente radialista cujo apelido era o nome de sua cidade natal, no interior paulista.
KEINY ANDRADE/FOLHAPRESS

3. Castelões

A pizzaria é uma instituição do Brás. Foi fundada em 1924 por uma família napolitana e tem um forno a lenha quase tão antigo, de 1931.
Robson Ventura/Folhapress
Nas paredes, há fotos de clientes que provaram as pizzas de borda alta cobertas por sabores como muçarela e calabresa. A combinação leva o nome do estabelecimento.
Stefan Schmeling

4. Casa Godinho

Respeite. Essa mercearia é uma senhora de 134 anos de vida que ocupa o térreo do prédio mais velho de São Paulo, o Sampaio Moreira, e é considerada Patrimônio Imaterial da cidade.
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Quer mais? Ela teve como clientes Assis Chateubriant, Adhemar de Barros e Jânio Quadros, e ainda conta com balança de prata, piso de ladrilho hidráulico, prateleiras de imbuia do século 19 e uma empadinha dos deuses.
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5. Rodeio

A churrascaria, que tem filial no Shopping Iguatemi, abriu as portas no fim da década de 1950 nos Jardins, onde assistiu à Rua Oscar Freire se sofisticar.
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Modernizou o churrasco ao tirar as galochas dos garçons, colocar toalhas finas nas mesas, caprichar na adega de vinhos e servir cortes à la carte. E de arroz biro-biro, gosta? Então agradeça à Rodeio, responsável pela criação.
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6. Windhuk

O bar e restaurante foi aberto há 74 anos por dois ex-tripulantes do navio Windhuk, que ficou detido no Brasil na II Guerra Mundial.
Fernando Pastorelli/Folhapress
No cardápio da casa, que tem lembranças do passado em quadros na parede, há comidas típicas germânicas como o chucrute garni, preparado com repolho, salsicha e carnes salgadas.
Gabriel Cabral/Folhapress

7. Santo Colomba

Na ativa desde 1978, a casa italiana é comandada pelo chef mineiro José Alencar de Souza, que faz massas típicas como o trenette, da Ligúria.
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Os móveis em madeira do local têm mais de 100 anos e pertenceram ao Jockey Club do Rio de Janeiro e foram trazidos para a capital paulista nos anos de 1960.
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8. La Casserole

O Largo do Arouche foi um dos lugares mais ricos da cidade. Lá desde 1954, o restaurante clássico francês presenciou a decadência da região central sem parar de funcionar.
Arquivo pessoal
A casa segue firme e forte na mesma família por três gerações e serve pratos clássicos como o steak tartare. Recentemente, ganhou um bar "escondido" nos fundos chamado Infini.
Alberto Rocha

9. Brasserie Victória

Pioneira da culinária libanesa, Victória foi do Líbano para o Brasil aos 13 anos. Fez quitutes em casa para vender e abriu um ponto físico em 1947.
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Suas receitas ainda são reproduzidas no estabelecimento, que está sob comando dos filhos e netos. Entre as pedidas estão o quibe cru e a esfiha assada no forno a lenha.
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10. Hinodê

Foi o primeiro japonês a abrir na capital. Começou em 1965 como uma pensão e, pelo sucesso da comida, virou um restaurante onde a comunidade de imigrantes matava a saudade da terra do sol nascente.
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Em 1999, a direção passou de Takehi Amano para a família Sekiguch, que até hoje está à frente do local que se tornou um ponto turístico na Liberdade.
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Confira, a seguir, o endereço dos 10 estabelecimentos citados na matéria.

Brasserie Victória. Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 545, Itaim Bibi.
Casa Godinho. Rua Libero Badaró, 340 - Centro.
Castelões. Rua Jairo Goes, 126, Brás.
Hinodê. Rua Thomaz Gonzaga, 62, Liberdade.
La Casserole. Largo do Arouche, 346, República.
Padaria Santa Tereza. Praça João Mendes, 150, Sé.
Ponto Chic. Largo do Paissandú, 27, Centro.
Rodeio. Rua Haddock Lobo, 1498, Cerqueira César.
Santo Colomba. Alameda Lorena, 1157, Jardim Paulista.
Windhuk. Alameda dos Arapanés, 1400, Moema.
Getty Images
Publicado em 25 de janeiro de 2022.

Reportagem
Gabrielli Menezes

Edição
Eduardo Burckhardt

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