Ednaldo Rodrigues foi reconduzido à presidência da CBF na quinta-feira à tarde, por medida liminar.
Na manhã seguinte, já havia a informação de que o novo-velho dirigente desejava Dorival Junior e Filipe Luís, como técnico e coordenador da seleção brasileira, respectivamente.
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Julio Casares, presidente do São Paulo, recebeu o aviso do próprio Ednaldo, antes de qualquer sinal a Fernando Diniz, com quem a CBF mantinha contrato.
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Aflito, Julio Casares telefonou ao presidente da Federação Paulista, Reinaldo Carneiro Bastos.
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Com a liberdade de quem apoiou o retorno de Ednaldo a sua cadeira, Reinaldo disse ao novo-velho presidente que, antes de tirar Dorival do São Paulo, a seleção precisa criar estrutura.
Ednaldo fez parecer ter compreendido e aceitado o conselho. No fundo, estava instruído a criar factoides, disfarces para seus fracassos recentes.
Anunciou Carlo Ancelotti e o italiano renovou com o Real Madrid. Contratou Fernando Diniz como técnico compartilhado.
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Colocou dois interinos e fez a seleção, com pior desempenho em décadas, ganhar apenas de Bolívia, Guiné e Peru.
Politicamente, isolou-se de modo a não ter apoio das federações e clubes e não conseguir nem sequer assinaturas para ser candidato, caso houvesse a nova eleição.
Ednaldo, então, decidiu disfarçar todos estes fiascos de sua gestão e contratar o novo técnico.
Pagar a multa de R$ 4,5 milhões e tirar o treinador do São Paulo que, no primeiro momento, disse não ter sido procurado.
O São Paulo, então, irritou o Fortaleza. Sem ter quitado a dívida da contratação do goleiro Felipe Alves, há 18 meses, o clube paulista é agora acusado de telefonar diretamente para o técnico Juan Pablo Vojvoda.
Entre telefonemas, mentiras e traições, Ednaldo contratou Dorival Junior e o noticiário tratou do novo factoide, em vez do desastre na administração da CBF.
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Dorival Junior anunciou aceitar o convite no domingo à tarde. A partir de então, tornou-se o bote salva-vidas do futebol outrora pentacampeão mundial.