Após gastar mais de 970 milhões de euros (R$ 5,2 bilhões) em reforços e se transformar no novo eldorado do futebol mundial, a Arábia Saudita tem tido dificuldades para atrair novas estrelas.
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Mais que isso: o futebol mais rico do Oriente Médio está ameaçado de sofrer com uma verdadeira debandada de alguns dos astros que foram contratados seis meses atrás.
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O volante inglês Jordan Henderson (ex-Liverpool) já deixou a Ásia para jogar pelo Ajax, na Holanda.
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O centroavante francês Karim Benzema (Al-Ittihad) e o brasileiro Roberto Firmino (Al-Ahli) também estão insatisfeitos na Arábia e podem acertar até o fim do mês seus retornos à elite europeia.
Apesar de já estar com praticamente todas as vagas para jogadores estrangeiros preenchidas, a liga saudita tinha esperança de aproveitar a janela de janeiro para atrair novas estrelas.
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Elas entrariam no lugar de gringos menos famosos, que seriam liberados ou deslocados para clubes da segunda divisão.
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O único reforço minimamente relevante que os clubes sauditas conseguiram desde a virada do ano foi o lateral esquerdo brasileiro Renan Lodi, que estava no Olympique de Marselha.
Além das dificuldades de se viver em um país culturalmente tão diferente do Ocidente, os jogadores que desejam ir embora da Arábia reclamam que o futebol do país não está evoluindo como esperavam.
Mesmo com a contratação de estrelas de fama global, clubes sauditas tropeçaram contra equipes de Irã, Uzbequistão, Tadjiquistão e Turcomenistão na fase de grupos da Liga dos Campeões da Ásia.
Além disso, o Al-Ittihad decepcionou ao ser eliminado pelo Al Ahly, do Egito, logo na estreia no Mundial de Clubes.
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Para completar, os estádios sauditas continuam às moscas, o que aumenta a percepção de falta de cultura futebolística no país e o descontentamento dos atletas.
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A primeira divisão saudita entrou em recesso na virada do ano e só retomará seu calendário de partidas a partir do fim de semana do dia 16 de fevereiro.
Com 19 das 34 rodadas previstas já disputadas, o Al-Hilal está disparado na frente.
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A equipe dirigida por Jorge Jesus (e que teria Neymar como principal nome se não fosse a grave lesão de joelho sofrida por ele) conquistou nada menos que 53 dos 57 pontos possíveis.
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A vantagem para o Al-Nassr, de Cristiano Ronaldo e seu único oponente real ainda na corrida pelo título, é de sete pontos. O Al-Ahli ocupa a terceira posição, com 40 pontos.
Já a disputa pela artilharia está bem mais equilibrada.