1990 x 2022

As diferenças entre as duas versões de 'Pantanal'

Por Laysa Zanetti

Quase igual, mas diferente

Mesmo considerada uma das telenovelas mais marcantes da TV brasileira, "Pantanal" tem lá suas questões que precisaram ser modificadas quando a trama foi adaptada de 1990 para 2022. Embora boa parte do texto se mantenha, alguns traços foram transformados. Mas quais?
Globo/João Miguel Júnior

Nudez discreta

A novela original foi marcada por forte apelo à nudez, algo recorrente em produções da Rede Manchete. Isso era mais comum na TV dos anos 90, e pensado com mais delicadeza para tempos atuais. Por isso, a nudez na nova versão é sutil e cuidadosa com corpos femininos e masculinos.
Globo/João Miguel Júnior

Tecnologia é aliada

Computação gráfica, drones, transmissão em 8K e modelos 3D de animais são alguns dos recursos tecnológicos utilizados para a versão atual do folhetim, que ajudam na hora de reproduzir fenômenos naturais e recriar digitalmente alguns cenários do Pantanal.
Globo/Divulgação

Homofobia é debate

Nas duas versões, a chegada de Jove ao Pantanal causa estranheza e levanta comentários homofóbicos em razão do jeito do rapaz criado em uma metrópole. Na versão atual, as falas homofóbicas são enfrentadas com um pouco mais de firmeza, embora ainda sejam piadas em certos núcleos.
Globo/João Miguel Júnior

A personalidade de Jove

Vegetariano, um pouco triste e aspirante a fotógrafo, o Jove atual não caiu nas graças do público de primeira. Mas a história é outra com o personagem de 1990, que está repercutindo bem nas redes por ser um pouco mais atrevido nas respostas ao pai e em suas provocações.
Reprodução/Manchete

De socialite a digital influencer

Antes, Madeleine (Ingra Liberato/Ítala Nandi) ocupava seu tempo sendo uma socialite e circulando entre a alta classe carioca. Na versão atual, Karine Teles dá vida a uma mulher preocupada com sua imagem nas redes, que quer transformar tudo em conteúdo para seus seguidores.
Globo/João Cotta

A outra família de Tenório

Um homem rígido com sua esposa, Maria (Isabel Teixeira), e a filha, Guta (Julia Dalavia), Tenório esconde em São Paulo uma segunda família, com uma companheira e três filhos. Na versão de 90, esta família era branca. Na atual, é negra, abrindo um espaço para debates sobre racismo.
Globo/João Miguel Júnior

O estereótipo do 'Mordomo Gay'

O mordomo Zaqueu se transformou em Zaquieu para a versão atual, e o nome não é a única alteração. Interpretado por Silvero Pereira, ele deixa para trás a função de "alívio cômico", que ocupava ao representar em tela estereótipos nocivos relacionados à comunidade LGBTQIA+.
Globo/Divulgação
Publicado em 11 de Maio de 2022.