"Sob as Águas do Sena" é um sucesso da Netflix. O filme é o mais assistido da plataforma no Brasil, mas tem dividido opiniões.
O longa se passa no verão de 2024, quando Paris sedia o anual Mundial de Triatlo.
Os planos são interrompidos quando a ativista Mika percebe uma agitação no rio Sena, e a cientista Sophie é alertada sobre a presença de um tubarão gigante.
É preciso encontrar uma maneira de neutralizar o tubarão e garantir a segurança dos competidores e espectadores.
No entanto, as autoridades não acreditam ser possível que o animal seja uma ameaça, mas o pânico se instaura entre os habitantes da capital francesa.
Segundo Sébastien Brosse, investigador do Centro Nacional Francês de Investigação Científica (CNRS) e professor de biologia animal, o filme da Netflix é uma ficção por completo.
Em entrevista ao jornal francês Le Monde, ele explicou que tubarões não costumam subir os rios.
A única exceção é o tubarão-buldogue, uma espécie que vive apenas em zona tropical -- portanto, longe do Rio Sena -- e que consegue viajar milhares de quilômetros.
Em 2022, uma baleia beluga chegou a se perder no rio, e as autoridades francesas se mobilizaram para retirá-la em segurança do local. No entanto, o animal não sobreviveu.
Entre a comunidade científica, "Sob As Águas do Sena" causa um alarme desnecessário.
O fundador do Phocéen Shark Study Group, Nicolas Ziani, especialista em ictiologia marinha, chamou a premissa de "escandalosa".
O filme é protagonizado por Bérénice Bejo, de "O Artista". Nassim Lyes, Anaïs Parello, Iñaki Lartigue e Léa Léviant completam o elenco. A direção e o roteiro é de Xavier Gens.
No Rotten Tomatoes -- agregador online de críticas -- o filme tem 64% de aprovação da crítica e apenas 34% de aceitação da audiência.