Duas décadas se passaram desde a estreia de "Olga" nos cinemas, mas o longa nacional segue uma referência em diferentes aspectos.
Dirigido por Jayme Monjardim, o filme retrata a história verídica de Olga Benário (Camila Morgado), uma judia alemã e militante comunista, no turbulento cenário do início do século XX em Berlim.
Para recriar essa atmosfera, a produção brasileira fez algo inédito: conseguiu transformar Bangu, no Rio de Janeiro, na fria Alemanha.
Foi usada, para isso, uma antiga fábrica de tecidos para representar o campo de concentração de Ravensbrück.
Para criar o ambiente, foram utilizadas máquinas de neve, sal grosso no chão, pastores alemães e figurantes vestidos como oficiais nazistas e prisioneiras.
Esse cenário torna tudo ainda mais verossímil. A história aquece quando, perseguida pela polícia, Olga foge para Moscou, onde recebe treinamento militar.
Sua missão é acompanhar Luís Carlos Prestes (Caco Ciocler) de volta ao Brasil para planejar a Intentona Comunista contra o presidente Getúlio Vargas.
Durante a viagem, os dois se apaixonam, formando uma parceria indissolúvel tanto na vida quanto na política.
Juntos, eles enfrentam desafios imensos, lutando pelo amor, pelo comunismo e, principalmente, pela sobrevivência.
Para interpretar Olga, Camila Morgado passou por uma preparação intensa de três meses, devido à complexidade e à veracidade da personagem.
Além da preparação física e psicológica, a atriz teve aulas de fonética de alemão e russo para capturar a autenticidade da comunicação de Olga.
Baseado no romance homônimo de Fernando Morais, publicado em 1985 e disponível em mais de 20 países, "Olga" recria com precisão histórica os eventos da vida da militante.