Torcedores poloneses (foto) são um dos alvos da polícia brasileira para a Copa-2014
Um dos grandes desafios do Brasil na organização da Copa do Mundo de 2014 é a segurança. E para começar o trabalho antes mesmo da competição, o país já avisou: quer os hooligans fora daqui durante a Copa, segundo publicou neste domingo o jornal "Folha de S. Paulo".
Segundo o jornal, a recém-criada Secretaria Especial para Grandes Eventos enviou aos chefes das polícias de Inglaterra, Alemanha, Holanda, África do Sul, Polônia, Argentina e Estados Unidos um relatório solicitando a identificação de torcedores "causadores de problemas". Assim, estes poderão ter o visto de entrada no Brasil negado. E se o torcedor for de um país que não precisa do visto para entrar aqui, ele poderá ser "barrado" nas fronteiras.
A organização do Mundial prevê que cerca de 600 mil torcedores assistirão à Copa-2014. Assim, pelo plano, a Receita Federal, a Polícia Federal e as Forças Armadas trabalhão no controle da entrada dos estrangeiros no país. E além dos baderneiros, a secretaria pretende também identificar e barrar a presença de eventuais terroristas, como foi feito na África do Sul, em 2010. Um grupo de argentinos nem desceu do avião em Johanesburgo. Antes da Copa, a polícia argentina enviou à segurança africana os antecedentes de aproximadamente 800 torcedores de organizadas. Desses, 29 foram deportados ou impedidos de entrar na África.
De acordo com a reportagem, estima-se que 45 mil homens serão mobilizados para a segurança da Copa no Brasil, sem contar os eventuais reforços das Forças Armadas e da Defesa Civil. O Brasil, no entanto, ainda não decidiu quanto será investido na segurança para o Mundial. Em 2010, a África do Sul gastou cerca de R$ 500 milhões neste setor.