Mais uma doença transmitida por mosquito está ganhando força no país.
O estado do Amazonas registrou, só em 2024, 1.398 casos da febre oropouche, segundo a FVS (Fundação de Vigilância em Saúde) --o triplo do ano anterior.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, um homem de 42 anos teve o diagnóstico da doença confirmado após uma viagem para o Amazonas.
A febre oropouche causa sintomas muito parecidos com os da dengue e os da chikungunya e é uma arbovirose, ou seja, é transmitida pela picada de um mosquito.
Neste caso, o Culicoides paraense, também conhecido como maruim. No entanto, os mosquitos do gênero Culex também podem ser vetores.
No ciclo selvagem, os hospedeiros são animais primatas e o bicho-preguiça, enquanto no ciclo urbano o ser humano continua sendo o principal hospedeiro.
O período de incubação do vírus é de quatro a oito dias, quando surgem os primeiros sinais.
A manifestação dos sintomas costuma durar de cinco a sete dias, mas, segundo o alerta emitido, a recuperação total do paciente pode levar semanas.
O tratamento é realizado com medicamentos para tratar os sintomas e hidratação. Até o momento, não existe vacina ou um antiviral disponível para a febre oropouche.
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As medidas de prevenção são as mesmas de outras doenças causadas por picadas de mosquitos, como uso de repelentes, telas e mosquiteiros.
Em alguns pacientes, não todos, o caso pode evoluir com quadro de meningite ou de encefalite [inflamação do cérebro].
Então, quando o paciente tem sintomas tão intensos que não é possível controlar com medicação sintomática em casa, é preciso procurar um médico.
A eliminação dos criadouros do mosquito envolve evitar acúmulo de lixo, limpar terrenos, caixas d'água, cisternas e realizar vistorias para evitar água parada.