do Razr dobrável?

O novo Motorola Razr é um smartphone do tipo flip com tela dobrável. Gosto dos flips; anos antes do iPhone, eu já pensava neles. Em 1980, Hartmut Esslinger, designer que deu cara aos primeiros produtos da Apple, criou o protótipo de um "Apple Phone". Era um flip que não foi pra frente, mas eu amei.

Aliás, sabiam que o primeiro iPhone quase foi um celular flip? Os primeiros protótipos seguiam esse modelo, mas eu derrubei todos. Não pelo formato em si, mas porque eu não queria botão nenhum. O novo Razr consegue isso.

Também sou fã da ideia de o aparelho poder dobrar e ocupar só metade do tamanho de um celular comum. Sempre fui contra telas grandes. Defendi que o celular precisava ser pequeno para caber em uma só mão. A solução da Motorola é uma saída interessante.

É empolgante também ver como esse modelo vai se diferenciar dos outros. Hoje, os modelos da Apple, Samsung e Huawei são todos muito parecidos. Sempre privilegiei um bom design, acho importante um produto se destacar nas prateleiras. Esse, com certeza, vai.

Algo preocupante são as configurações do aparelho. Processador e câmera estão abaixo do que temos na Apple. E o preço é altíssimo. Sempre quis entregar produtos pelo menor preço possível e nunca gostei de cobrar caro. Muitas vezes não dava, eu sei, mas a qualidade era inegável. Não é o caso do Razr.

Meu veredito não poderia ser outro: negativo. Amo um bom design, o que, sem dúvida, vemos aqui. Acho que o Razr vai fazer a cabeça de quem quer celular de destaque e traga um arzinho nostálgico. Mas nada, absolutamente nada, poderia pesar mais que a qualidade. Prefiro meu iPhone 11 -- que está mais barato.