! Paulista repete Santo André e vence a Copa do Brasil - 22/06/2005 - UOL Esporte - Futebol
UOL EsporteUOL Esporte
UOL BUSCA


  22/06/2005 - 23h51
Paulista repete Santo André e vence a Copa do Brasil

MBPress
No Rio de Janeiro

O palco não era o Maracanã, mas a história se repetiu. Pelo segundo ano consecutivo, um time pequeno paulista conquistou a Copa do Brasil contra um rival carioca dirigido pelo técnico Abel Braga. Nesta quarta-feira, o Paulista empatou por 0 a 0 com o Fluminense e levantou a taça do segundo torneio de maior importância do Brasil.

EFE 
Jogadores do Paulista comemoram com a taça; veja fotos da inédita conquista
Se em 2004 o Santo André calou o "maior estádio do mundo" ao vencer o Flamengo por 2 a 0, neste ano foi a vez de a equipe capitaneada pelo meia atacante Márcio Mossoró ignorar os mais de 25 mil torcedores do Fluminense que lotaram o estádio de São Januário e sagrar-se campeã.

O título veio com o empate sem gols porque no jogo de ida, os paulistas venceram os cariocas por 2 a 0. O time de Jundiaí, dirigido por Vagner Mancini, repete assim os feitos do Criciúma, em 1991, e Santo André, em 2004, e se torna o terceiro clube da história a conquistar a competição estando na segunda divisão nacional.

O Paulista é o primeiro clube brasileiro garantido na Copa Libertadores da América de 2006. Os outros representantes do país serão os quatro primeiros colocados do Campeonato Brasileiro de 2005.

Em 96 anos de existência, essa foi a primeira competição de primeira grandeza que o time do interior conquistou. Antes disso, tinha vencido apenas um campeonato paulista da segunda divisão e a Série C (ambos em 2001).

EFE 
Paulista comemora; baixe o pôster do campeão e veja os melhores lances
Agora, o clube volta sua atenção para a disputa da Série B, competição onde não está em boa colocação. Curiosamente, para chegar à conquista o Paulista superou apenas equipes da primeira divisão nacional - Juventude, Botafogo, Internacional, Figueirense, Cruzeiro e Fluminense.

Já o Fluminense continua no seu calvário de 21 anos sem conquistar um título nacional. O último foi em 1984, quando derrotou o Vasco na final do campeonato Brasileiro. Este é o segundo vice-campeonato do time tricolor na Copa do Brasil. Em 1992, o algoz foi o Internacional, no Beira-Rio.

Além da perda do título, a torcida terá de se conformar com o cada vez mais certo desmanche da equipe. Diego, que atuou o primeiro tempo da final no sacrifício, seguirá para o Benfica. O lateral Gabriel já anunciou que está de saída, assim como o zagueiro Antônio Carlos. Os atacantes Tuta e Alex também podem deixar as Laranjeiras.

O atual campeão do Rio de Janeiro corre agora para tentar garantir sua vaga na Copa Libertadores pelo Campeonato Brasileiro. O Fluminense está na terceira posição, com 17 pontos e enfrenta o Corinthians, na próxima rodada, domingo, no Pacaembu.

O jogo
Atuando com quatro volantes, o Paulista começou defendendo sua vantagem, mas evitou a tradicional pressão inicial com uma eficiente linha de impedimento. Nos primeiros 12min foram seis impedimentos do ataque tricolor.

CASA DE FESTAS ALHEIAS
Decidir Copa do Brasil em casa tem sido um tormento para as equipes do Rio de Janeiro. Nas quatro ocasiões em que jogaram a partida final em terras fluminenses os cariocas perderam.

A sina começou com o empate por 2 a 2 entre Flamengo e Grêmio, em 1997, no Maracanã. Dois anos depois, outro gaúcho, desta vez o Juventude, segurou uma igualdade por 0 a 0 contra o Botafogo e levantou o troféu.

No ano passado, o Santo André calou o Maracanã ao bater o favorito Flamengo por 2 a 0. Agora, o local mudou - foi em São Januário -, mas o desfecho trágico foi o mesmo: Paulista campeão, no Rio de Janeiro, sobre o Fluminense.

A única conquista dos times cariocas na Copa do Brasil, curiosamente, aconteceu a muitos quilômetros de distância: em 1990, quando o Flamengo segurou um empate sem gols contra o Goiás.
O primeiro momento de perigo aconteceu aos 17min, quando Juan cobrou falta lateral e Rafael espalmou para escanteio. Três minutos depois, Diego arriscou de fora da área, a bola desviou na zaga e saiu.

Ainda em busca de um lance mais agudo, o Fluminense quase marcou o primeiro aos 25min. Diego arrancou e chutou cruzado. Por muito pouco, no entanto, Tuta não conseguiu desviar de carrinho a bola para o gol.

Um minuto depois, Preto cobrou falta e o zagueiro Antônio Carlos, aniversariante do dia, cabeceou para o chão. A bola quicou e Rafael conseguiu espalmá-la para fora. Embora sofrendo com a marcação do Paulista, o Fluminense ameaçou novamente aos 36min. Leandro cruzou da direita e Tuta desviou por cima do travessão.

Precisando de gols, o time tricolor voltou para o segundo tempo com três atacantes. O centroavante Léo Guerra, ex-Volta Redonda, entrou no lugar do volante Diego. Aos 5min, Tuta girou na frente da zaga, mas se enrolou na hora de arrematar. O lance prosseguiu e Juan chutou com perigo.

Sem conseguir manter a bola em seu campo de ataque, o time de Jundiaí cedeu espaços. Aos 9min, Juninho entrou driblando, mas, desequilibrado, chutou para fora. Em contra-ataque, aos 13min, Márcio Mossoró ganhou a disputa de Fabiano Eller e quase surpreendeu Kléber com um leve toque.

Um minuto depois, o goleiro salvou o Paulista. Juan aproveitou-se de uma falha de Lucas e chutou cruzado. No reflexo, Rafael pulou e espalmou. No nervosismo, o técnico Abel Braga tirou o meia Juninho e colocou Toró, de apenas 19 anos. Aos 19min, Tuta ajeitou de cabeça e Léo Guerra, também de cabeça, jogou para fora.

Em outra tentativa de finalização com a cabeça, aos 26min, Antônio Carlos jogou à direita de Rafael. A principal chance do Fluminense foi desperdiçada aos 32min. Toró cruzou, Leandro dominou no peito, ajeitou e quase na pequena área mandou por cima do travessão.

FLUMINENSE
Kléber; Schneider (Alan), Antônio Carlos, Fabiano Eller e Juan; Marcão, Preto Casagrande, Diego (Léo Guerra) e Juninho (Toró); Leandro e Tuta
Técnico: Abel Braga

PAULISTA
Rafael; Lucas, Anderson, Dema e Julinho; Fábio Gomes, Juliano (Réver), Amaral e Cristhian (Fábio Vidal); Márcio Mossoró e André Leonel (Abraão)
Técnico: Vagner Mancini

Data: 22/6/2005
Local: estádio de São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Leonardo Gaciba (RS-Fifa)
Auxiliares: Altemir Hausmann (RS-Fifa) e Roberto Braatz (PR-Fifa)
Cartões amarelos: Lucas (P) e Leandro (F), Márcio Mossoró (P)


ÚLTIMAS NOTÍCIAS
03/09/2007
Mais Notícias