Se a seca continuar nos próximos 30 dias, vamos ter problemas, diz Pezão

Do UOL, no Rio

  • Julio Cesar Guimaraes/UOL

    O governador diz que Estado conta com o sistema de águas de Ribeirão das Lajes, capaz de manter o abastecimento pelo próximo mês

    O governador diz que Estado conta com o sistema de águas de Ribeirão das Lajes, capaz de manter o abastecimento pelo próximo mês

O governador do Rio de Janeiro  e atual candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), se mostrou preocupado com as reservas de água do Estado frente a seca que tem assolado a região Sudeste. "Se a seca continuar pelos próximos 30 dias, vamos ter problemas", afirmou durante a sabatina realizada pelo jornal O Globo nesta quinta-feira (16).

Segundo Pezão, o Estado conta com o sistema de águas de Ribeirão das Lajes e o reservatório em Santa Cecilia tem vazão suficiente para manter o abastecimento. No entanto, esse panorama depende da volta das chuvas. "Não sei (se haverá falta d'água no Rio). Esse reservatório ainda segura uns 30 dias. Espero que comece a chover", afirmou Pezão, que diz acompanhar diariamente os radares meteorológicos.

O governador disse ainda que mantem conversas frequentes com São Paulo e que submete ao governo federal as decisões que digam respeito aos dois estados.  "Nós nos submetemos ao governo federal. Converso sempre com a ministra Izabella (Teixeira, do Meio Ambiente) e ela tem nos informado sobre as posições do governo federal. E as [posições] do governo estadual são muito iguais. São Paulo tem que seguir o governo federal", afirmou.

Durante a sabatina, Pezão comentou ainda o episódio do guardanapo na cabeça, quando o governador e seus assessores foram fotografados com guardanapos na cabeça durante um jantar em Paris. Para ele, a situação precisa ser relevada. "Era um momento de festa, alguns secretários se excederam. Acho que a gente tem que registrar também as conquistas que tivemos dentro do governo."

Ele defendeu ainda o seu relacionamento com o antecessor, que pouco tem aparecido em sua campanha e disse que, caso seja eleito, verá o ex-governador como uma fonte de consulta.

"Eu era um candidato menos conhecido, precisO aparecer mais, não Cabral. Sempre consulto o Sérgio, ele me dá ideia sobre programas de TV, uma série de questões, mas quem vai governar sou eu", afirmou. "[Cabral] vai ser uma fonte de consulta, com a experiência de alguém que esteve sete anos á frente do governo do Rio de Janeiro."

A presença de Cabral durante as eleições ficou restrita aos bastidores durante quase toda a campanha --ele apareceu apenas no primeiro programa eleitoral do atual governador na TV. "Sempre tive um relacionamento extraordinário com Cabral. Somos amigos há mais de 30 anos. Ele foi o primeiro governador que enfrentou a criminalidade de frente. Temos muitas conquistas", declarou.

De acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (12), Pezão tem 12 pontos percentuais a mais do que o rival na proporção de votos válidos. O peemedebista tem 56% de intenção de votos válidos, enquanto o adversário, o senador Marcelo Crivella (PRB), registra 44%. A margem de erro é de três pontos percentuais.

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