Roseana comemora "saída de pauta" da "oligarquia" no MA
Carlos Madeiro
Do UOL, em Maceió
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Beto Macario/UOL
Aos 61 anos, a governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) votou neste domingo (5), em São Luís, e já falou em tom de despedida.
Quatro vezes governadora do Estado, ela deixa o cargo no fim do ano e, com a iminente derrota de seu grupo para o candidato Flávio Dino (PC do B), já "comemora" o fato de a "oligarquia" sair de pauta a partir de 2015.
"Agora vai ter uma coisa: vai sair de pauta a oligarquia. Quero ver o que vai entrar em pauta", disse a governadora, já falando em tom de derrota do seu candidato ao governo, o senador Edison Lobão Filho (PMDB).
Para ela, a derrota é dada como praticamente certa, o que seria "algo natural." "É uma derrota do grupo. A democracia é assim: você ganha e você perde. É normal. Vamos ter outras em que vamos ganhar", disse.
A governadora também comentou o fato de Lobão Filho ter afirmado, mais cedo, que não se achava um representante do grupo dos Sarneys.
"Isso é verdadeiro. Ele não é um Sarney, assim como eu sou uma Sarney diferente do meu pai, do meu irmão. Cada um é uma pessoa diferente. Acho que a pessoa deve ter sua própria estrutura, batalhar. Isso é válido, dou força a quem quer ter independência. Eu sempre caminhei com minhas próprias pernas", relatou, citando que "fui a poucos atos de campanha porque estava no governo, não tirei licença."
Eleições 2014 no Maranhão
Aposentadoria
Assim como disse em junho, ela voltou a afirmar que não vai disputar mais cargos públicos, mas deixou no ar a possibilidade de mudar de ideia no futuro.
"Eu disse que não vou largar a política, mas não quero mais exercer cargo público. Pode até mudar, mas hoje penso em não me candidatar a mais nada. Quero participar da política por ser uma cidadã. Quero participar, dizer o que está certo, errado.", afirmou.
Roseana também aproveitou para elogiar os seis anos à frente do governo. "Vou deixar o estado com a consciência bem tranquila, bem melhor do que quando peguei. Tenho tranquilidade para dizer que avançamos muito", classificou.
A governadora disse que a partir de janeiro a prioridade será participar da vida dos netos. "Eu tenho um neto de 13 anos que me disse outro dia: vovó, eu jogo futebol, mas a senhora nunca viu um gol. A minha neta de 15 disse: 'a senhora nunca me levou a uma festa'. Aí disse, espera aí! Vou me dedicar um pouco à minha família", finalizou.