Wagner Moura revela razão surpreendente para atuar em filme sobre guerra nos EUA

Por Fernanda Talarico

Wagner Moura é um dos protagonistas de "Guerra Civil", filme de ação com o maior orçamento da A24 até hoje --US$ 50 milhões, cerca de R$ 262 milhões.

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O longa é uma produção inteiramente internacional e, para Moura, é uma honra poder estrelar o título e vir ao Brasil para divulgá-lo.

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"Estou achando incrível, porque, no fundo, tudo o que faço, faço para as pessoas daqui. Sobretudo para o povo do Salvador, para os meus amigos da Bahia", disse Wagner Moura em entrevista a Splash.

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Na produção, o ator interpreta Joel, um jornalista de guerra que cruza os Estados Unidos para tentar uma entrevista com o presidente do país.

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Dirigido por Alex Garland, "Guerra Civil" conta também com Kirsten Dunst ("Melancolia") e Cailee Spaeny ("Priscilla") como protagonistas.

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Joel é um homem americano, sem nenhuma ligação com o Brasil ou qualquer país latino, o que deu a chance ao ator de deixar de lado qualquer estereótipo existente.

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Para Moura, a intenção é trabalhar com todos os tipos de personagens, "o que eu quiser fazer", explica.

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Uma das cenas mais angustiantes de "Guerra Civil" acontece quando o personagem de Jesse Plemons questiona Joel sobre "qual tipo de americano ele é".

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"Os Estados Unidos é um país construído pela migração de gente como eu, que fala como eu falo. Politicamente, gosto de afirmar meu estrangeirismo", declarou Wagner;

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A firmeza do ator também aparece quando lhe perguntam se pode mudar seu sotaque brasileiro, mesmo que falando em inglês. "Eu falo assim, então vou falar assim."

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Além de seu sucesso, o ator é conhecido por ser militante de esquerda quando o assunto é política, porém, "Guerra Civil" o teria deixado mais tolerante com o "diferente".

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"Continuo sendo um homem de esquerda que acredita na justiça social e em várias coisas ditas progressistas. No entanto, eu entendi, sobretudo fazendo este filme, que o maior obstáculo é maior perigo às democracias do mundo hoje é a polarização política."

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A tolerância, no entanto, tem um limite: o radicalismo.

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"Não vou conseguir sentar e falar com um nazista. Mas, se a pessoa pensa que o estado deve gerir de uma forma diferente da forma que penso, porque não sentar e conversar?"

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Publicado em 22 de abril de 2024.