A representatividade asiática já seria um ponto positivo de "Meu Eterno Talvez", comédia romântica de 2019 disponível no catálogo da Netflix.
Com a vitória de "Parasita" nas mais diferentes premiações, o continente parece ter ganhado um respiro e um empurrão sobre o quanto atores nipônicos merecem espaço.
Por isso, este filme consegue se sobressair não somente pela trama envolvente, mas também pela performance de Keanu Reeves.
Amado ou odiado, Reeves sustenta a pose como um dos atores mais relevantes de sua geração.
Aqui ele interpreta o novo namorado de Sasha (Ali Wong), que causa apenas cócegas na história principal, que é o romance mal resolvido dela e Marcus (Randall Park).
Amigos de infância, eles tomam rumos diferentes após um momento de intimidade e uma tragédia familiar com a morte da mãe de Marcus.
Anos depois, Sasha se torna uma chef renomada e retorna a São Francisco para abrir um restaurante, reencontrando o ex-amigo.
A reaproximação traz à tona questões mal resolvidas do passado, explorando de forma autêntica as complexidades dos relacionamentos e do luto.
É ali que Reeves causa o abalo da relação, seja com boas risadas ou com sua personalidade em cena.
Críticos comparam "Meu Eterno Talvez" a "Podres de Rico", por sua representatividade asiática.
No entanto, a sensação é de que este novo filme seja um pouco mais realista, mostrando que nem sempre conflitos são facilmente resolvidos.
No final das contas, "Meu Eterno Talvez" é uma celebração da amizade, amor e resiliência, mostrando que os problemas que enfrentamos nas relações são comuns a todos.
"Meu Eterno Talvez", dirigido por Nahnatchka Khan, está disponível na Netflix.