! Em Reggio Calabria, Virna lembra momentos do início da carreira - 26/07/2004 - Reuters - Esporte

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  26/07/2004 - 15h33
Em Reggio Calabria, Virna lembra momentos do início da carreira

SÃO PAULO (Reuters) - A passagem da seleção brasileira feminina de vôlei por Reggio Calabria está sendo especial para a ponteira Virna.

Há 13 anos, a jogadora, então com 19 anos, passou quatro meses na cidade italiana atuando no time local, o Pallavollo Nauscicaa.

Aquela foi a primeira experiência internacional da atleta. Depois, a atacante, na época ainda juvenil, voltou para o Brasil e despontou na carreira.

Nesta segunda-feira, Virna lembrou aquele momento do início da carreira ao percorrer as ruas da cidade junto com a equipe em direção ao primeiro treino.

Logo após ter sido campeã brasileira pela Lufkin, na temporada 89/90, Virna engravidou. Depois do nascimento de Vítor, hoje com 13 anos, a jogadora recebeu uma proposta para jogar no voleibol italiano e partiu a Itália.

"Naquela época, o Zé Roberto (Guimarães, atual técnico da seleção feminina) trabalha na seleção juvenil e me chamou. Mas não pude ser convocada. Tinha acabado de ter tido o meu filho e precisava de três meses para me recuperar e ficar em forma.

"Então, recebi uma proposta para jogar aqui e aceitei. O mais engraçado foi que logo depois, o Zé fechou com a Colgate/Pão de Açúcar e me convidou, mas não dava mais tempo de retornar. Já estava tudo acertado com o clube italiano", conta a jogadora.

Mas Virna não era a única brasileira na cidade. "Joguei com a Adriana Behar e a Tatiana, que hoje estão no voleibol de praia. Elas tinham dupla nacionalidade.

"Além delas, ainda tinha a Filó e a Estela, uma canhota que jogou na Sadia com a Fernanda (Venturini, levantadora)", lembra Virna.

Mas aquele momento não traz boas lembranças para Virna. "Emagreci muito, tinha acabado de sair de uma gravidez e não tinha forças nem para sacar. Não foi uma boa experiência.

"Esta cidade não é tão legal assim e, além disso, nos quatro meses que passei aqui não recebi. Profissionalmente, foi ruim. Mesmo assim aprendi uma nova língua e conheci uma nova cultura", recorda a atacante comprovando que pouca coisa mudou no local.

Na volta ao Brasil, recebeu a ajuda de uma amiga e companheira desses anos de seleção. "A Fernanda (Venturini, levantadora) me deu muito apoio. Ela jogava em Ribeirão Preto e me chamou para ir jogar no time dirigido pelo Rizola, o Nossa Caixa Recreativa.

"Ela organizou tudo. Quando voltei, estava tudo pronto para mim. No início, joguei como meio-de-rede. O mais engraçado foi que no ano seguinte, fui convocada pela primeira vez para a seleção adulta", relembrou Virna.

Agora, depois de várias conquistas pelos clubes do Brasil e na seleção, Virna terá pela frente, novamente, o desafio de jogar em território italiano.

Nesta temporada, a atacante defenderá o Chieri, time da primeira divisão italiana. "Hoje estou mais madura. Vou jogar numa equipe do norte da Itália, bem mais forte. Além disso, tenho mais experiência e falo italiano mais fluentemente", comemorou Virna, que durante os treinos aproveita para treinar a língua que, depois dos Jogos Olímpicos, fará parte do seu dia-a-dia.


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