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  27/02/2007 - 11h04
'Revelação' do Barueri, Pedrão sonha em ser Adhemar

Rodrigo Farah, especial para o Pelé.Net

SÃO PAULO - Apesar do curto tempo de existência, o Grêmio Barueri já ganhou boa projeção no futebol nacional. Essa ascensão pode ser até mesmo comparada com a do São Caetano no fim da década passada. Mas não é apenas nisso em que os clubes se assemelham. Isso porque o Azulão tinha um jogador que era referência naquela época: Adhemar. E o time do interior também tem alguém que segue os mesmos passos: o atacante Pedrão.

PEDRÃO
Divulgação
Nome: Christiano Florêncio da Silva
Posição: atacante
Cidade natal: Jaboticabal (SP)
Idade: 28 anos
Altura: 1,74m
Peso: 72kg
Outros clubes: Jaboticabal, Botafogo-SP, São Raimundo, Taquaritinga, Sertãozinho, Barretos, Barueri, Portuguesa
Assim como aconteceu com Adhemar, a revelação de Pedrão acompanhou lado a lado a trajetória do clube que defendeu. Foi dessa maneira que ambos se tornaram mais conhecidos no cenário do futebol.

"Acredito que temos uma trajetória parecida, principalmente pela identificação que temos com os clubes. Defendemos times que não são tão grandes, até porque são novos, mas conseguimos ajudar para eles da melhor maneira que encontramos", afirmou o atacante, que está no Barueri há pouco mais de três anos.

Além disso, os dois atletas foram revelados para o grande cenário do esporte com uma idade mais avançada do que o comum. Atualmente, Pedrão tem 28 anos, a mesma idade que Adhemar possuía quando conquistou o vice-campeonato da Copa João Havelange de 2000 e foi o artilheiro da competição com 22 gols.

E quando o assunto é artilharia, é possível reparar em mais uma semelhança. Defendendo o São Caetano, Adhemar balançou as redes adversárias em 68 oportunidades e é até hoje o jogador que marcou mais gols na história do clube. Pedrão seguiu o mesmo caminho. Apesar de não confirmar em números, o Barueri garante que ele é maior artilheiro desde a fundação da equipe.

"Estou aqui [Barueri] porque é um time em que confio bastante. Já tive a oportunidade de sair para a China e para a Coréia duas vezes. Mas como não era algo vantajoso para o clube, permaneci. É claro que posso um dia me transferir para outra equipe como já fiz antes, mas confio e me identifico com o clube", comentou Pedrão.

Assim como ele declarou, sua carreira não se restringiu ao Barueri. O atacante começou a atuar no futebol profissional apenas aos 19 anos, quando defendeu a equipe de Jaboticabal, sua cidade natal. Depois, também atuou por equipes como Botafogo-SP, São Raimundo, Taquaritinga e Sertãozinho.

Pedrão ainda teve uma passagem no futebol da Tunísia, que durou um pouco mais de um mês. Apesar de se deparar com alguns hábitos que considerava estranhos, o jogador garante que se adaptou bem ao país. Mas como o clube africano não pagou por seus direitos federativos, ele precisou retornar ao Brasil.

O HOMEM DO GÁS
O nome Christiano Florêncio da Silva não tem relação nenhuma com o apelido Pedrão. Na verdade, o centroavante ficou conhecido assim graças à união de sua forma de jogo com sua antiga profissão: distribuidor de gás.

Quando ainda era amador, Pedrão vendia botijões de gás em Jaboticabal, representando um distribuidora chamada "Pedrão". E quando entrava em campo, as pessoas o reconheciam pelo seu ofício.

Como se destacava por sua velocidade, todos os outros jogadores começaram a chamá-lo de Pedrão, o homem do gás. Depois disso, ele nunca mais quis alterar o codinome.
"Quando cheguei ao clube reparei em muitas coisas esquisitas. Os jogadores se cumprimentavam com beijos nos rosto e as mulheres sempre estavam cobertas por causa da religião. O calor também era muito intenso, mas mesmo assim, gostei de lá. A culinária também era muito boa", explicou o atleta.

O atacante também teve uma rápida passagem pela Portuguesa quando já defendia o Barueri. Ele chegou ao Canindé por empréstimo em junho de 2006 e não conseguiu se firmar na equipe rubro-verde, retornando para o clube do interior poucos meses depois.

"Foi um período complicado. Encontrei vários problemas que me atrapalharam lá. Me dei bem com quase todo mundo, mas alguns jogadores dificultaram bastante. Não gosto muito de falar sobre isso, mas foi algo difícil", disse Pedrão, que não quis divulgar os nomes dos desafetos na Portuguesa.

Outro problema encontrado pelo atleta em seu período no Canindé foi um acidente na mão direita. Enquanto estava em casa com sua família, ele colocou a mão em uma panela com água quente para ela não cair em cima de sua filha e teve sérias queimaduras no local. Isso deixou o atacante fora de várias partidas na Série B do Campeonato Brasileiro.

"Foi algo muito sério o que aconteceu, pois não deixou eu ter uma boa seqüência na Lusa. Até hoje minha mão tem várias manchas brancas e eu acho que não vão sumir", completou Pedrão.


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