! Pitta não aceita pressão por rebaixamento do Brasil na Davis - 24/09/2004 - UOL Esporte - Tênis

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  24/09/2004 - 18h27
Pitta não aceita pressão por rebaixamento do Brasil na Davis

Marcos Pereira
Enviado especial do UOL
Em Brasília

Gabriel Pitta, quarto melhor tenista do Brasil entre os convocados por Carlos Alberto Kirmayr para o duelo deste fim de semana contra o Peru pela copa Davis, saiu em defesa de sua equipe e considera injusto que os jogadores sejam pressionados pelo fato de o país estar perto do rebaixamento para a terceira divisão.

Com as derrotas dele e de Ronaldo Carvalho, nesta sexta-feira, na Academia de Tênis de Brasília, o Brasil corre o risco iminente de cair do grupo 1 da Zona Americana. Para que isso não aconteça, os jogadores precisam vencer a partida de duplas deste sábado e mais duas de simples no domingo.

"Essa pressão não pode chegar até aqui, pois tivemos coragem e atitude de vir aqui para defender o Brasil, sem pensar em política", afirmou Pitta, número 734 do ranking mundial, que perdeu para Luis Horna.

"Além disso, nós tivemos outras chances para que não chegássemos nessa situação. Perdemos para Venezuela, Paraguai (neste ano) e também para o Canadá (no ano passado), jogando com o time principal."

Pitta, Ronaldo Carvalho, Alessandro Camarço e Leonardo Kirche foram convocados como uma alternativa ao seguidos boicotes que a competição sofreu por causa de divergências entre os principais tenistas do país, liderados por Gustavo Kuerten, e a CBT (Confederação Brasileira de Tênis).

Mesmo assim, Pitta lamentou a provável queda do Brasil, que, com isso, só poderá voltar a integrar a elite da Copa Davis em 2007. "É uma pena que isso aconteça, porque toda essa desavença e brigas internas estão prejudicando o Brasil."

Horna
Diante de Luis Horna, Pitta teve a primeira chance de aparecer com destaque no cenário nacional. No início, mostrou que poderia surpreender, mas, depois, foi dominado pelo adversário, que fechou a primeira partida do dia em 3 a 0.

"Nunca tinha jogado contra um tenista tão bem colocado no ranking e gostei do que fiz, pois ele ganhou em detalhes", comentou. "Tive boas chances no primeiro set, mas ele foi bem nos momentos certos, provando que merece estar entre os melhores do mundo.

A estréia em Copa Davis, contudo, já foi considerado, por Pitta, um grande avanço na carreira, almejando até melhorar sua posição no ranking. "Se eu pude enfrentar o número 34 do mundo e perder nos detalhes, acho que posso evoluir ainda", completou o brasileiro, que recebeu um elogio de Horna. "Foi uma partida dura, e ele mostrou um "backhand" (golpe de esquerda) muito bom."

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