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"Está cada vez mais complicado conciliar a vida de atleta com os estudos.... Acho que chegou a hora (de parar)". Fato raro na delegação brasileira, Mirella Arnhold tem contato com a neve desde de pequena. Aos 4 anos, ela calçou um esqui pela primeira vez, em uma viagem de família a Las Lenhas, na Argentina. "Eu odiava o frio, sempre chorava para descer. Não é uma recordação muito boa", revela.Mas as constantes viagens para a cidade -e o incentivo dos pais- fizeram com que ela se apaixonasse pelo esporte. E se tornasse a principal atleta brasileira no esqui alpino, com direito a oito títulos nacionais e a honra de ser a porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Salt Lake City, em 2002. Em Turim ela melhorou a colocação (43ª) de quatro anos atrás, contando com a desistência de algumas rivais. Dentre as que completaram a prova, ela foi a última. Foi a última competição de Mirella na carreira, já que, aos 22 anos, ela resolveu se aposentar para voltar aos estudos. O esporte foi o motivo para Mirella trancar a matrícula na faculdade de Administração. "É uma decisão difícil, mas está formada. Foram onze anos competindo, trocando as férias por períodos de treinamento e está cada vez mais complicado conciliar a vida de atleta com os estudos e trabalho. Acho que chegou a hora", explicou. A família é a principal incentivadora da atleta. O pai, Stefano, é o presidente da Confederação Brasileira de Desportos na Neve, e a mãe, Luci, ganhou o brasileiro da categoria master em nove oportunidades. |
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