! Grêmio goleia o Juventude e comemora 35º título gaúcho - 06/05/2007 - UOL Esporte - Futebol
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  06/05/2007 - 17h59
Grêmio goleia o Juventude e comemora 35º título gaúcho

Da Redação
Em Porto Alegre

O Grêmio só precisava de um empate para comemorar o seu 35º título estadual da história. Mas fez bem mais: goleou o Juventude pos 4 a 1, na tarde deste domingo, no Estádio Olímpico. Com isso alcançou o bi consecutivo e agora está mais próximo do Internacional, o seu maior rival, que é o maior vencedor de estaduais, com 37 conquistas.

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Diego Souza corre para comemorar gol do Grêmio na decisão contra o Juventude
GRÊMIO SÓ PENSA NO SÃO PAULO
TCHECO É O CRAQUE DA FINAL
JUVENTUDE É FREGUÊS?
O Juventude, que tentava seu segundo título - venceu apenas uma vez, em 1998 -, chegou à decisão em desvantagem, pois além de encarar um adversário favorito, na casa desse, começou o confronto sabendo que um empate em até 2 a 2 favorecia ao inimigo. Isso porque, no primeiro jogo da decisão, em Caxias do Sul, o resultado fora de 3 a 3 e o regulamento da competição tinha, como critério de desempate, o gol qualificado, marcado fora de casa.

Por coincidência, a última vez que o Grêmio comemorara um bicampeonato fora sobre o Juventude, há 11 anos. Só que naquele 1996 foi tudo bem mais fácil, pois após vencer o primeiro jogo na serra por 3 a 0, fez uma goleada ainda mais fácil na volta, 4 a 0.

A conquista do campeonato gaúcho serve de motivação para o Grêmio, que na quarta-feira decide uma vaga às quartas-de-finais da Libertadores da América, contra o São Paulo, outra vez no Estádio Olímpico. Como perdeu o primeiro jogo no Morumbi, o time gaúcho precisará vencer por dois gols de diferença para seguir adiante na competição sul-americana.

O jogo

O Grêmio poderia ter aberto o placar logo aos 8min, numa chance claríssima de gol. Diego Souza foi lançado e, surpreendentemente, sem nenhuma marcação, na cara do gol, deu um chute fraco, nas mãos de André. Errar, naquele lance, era o mais difícil.

Mas aos 15 Tcheco não desperdiçou. Após rebote da zaga, ele recebeu na entrada da grande área, se livrou do zagueiro e bateu forte, no ângulo superior esquerdo de André, sem chance de defesa para o goleiro do time alviverde.

Aos 30 os ânimos esquentaram. O Juventude não encontrava espaços para ameaçar a meta gremista, se impacientava, e o meia Paulo Ramos - ex-Grêmio - numa disputa na ponta direita, pisou em Sandro Goiano, que caíra ao solo, o que gerou uma troca de empurrões que envolveu vários jogadores.

Fora esse descontrole momentâneo, nada demais ocorreu até o final do primeiro tempo, e os jogadores gremistas desceram para o vestiário sob a gritaria de dezenas de milhares de torcedores convictos que o título se confirmaria.

"A vantagem dá um pouco mais de tranqüilidade ao time, mas não podemos descuidar um segundo sequer", comentou o zagueiro Teco, do Grêmio, no intervalo. Já o técnico Ivo Wortmann, do Juventude, admitiu que seu time começara mal a partida, mas demonstrou otimismo: "Custamos a entrar no jogo, cometemos vacilos de marcação, mas dá para reverter.".

Os dois times voltaram com as mesmas formações para a segunda etapa, mas com o Juventude, sem outra alternativa, demonstrando mais ambição e tentando a pressão. Com isso foi obrigado a abrir-se e, logo aos 4min, sofreu o 2 a 0. Gavilán levantou a bola da direita, André soqueou de forma toda errada ao tentar aliviar e ela sobrou para Diego Souza, que de bicicleta acertou o canto esquerdo. Um golaço.

Aos 9min, através de um pênalti, o Grêmio poderia ter feito o terceiro gol, mas Tuta cobrou fraco no canto direito, à meia altura, e André conseguiu fazer a defesa. A situação do time da serra, ainda assim, permanecia péssima na partida, pois não conseguia ameaçar a meta de Saja e continuava sofrendo sustos a cada ataque dos donos da casa.

O 3 a 0 veio aos 16, outra vez com Tcheco. Ele recebeu dentro da grande área, se livrou do goleiro André e bateu no canto direito, acabando de vez com qualquer possibilidade de reação de um adversário que era claramente inferior.

Aos 23, já com o Olímpico em festa, o lateral-esquerdo Lúcio avançou pela esquerda e bateu forte, em curva, fazendo a bola acertar o poste esquerdo antes de chegar à rede do Juventude. Era a consolidação de um massacre imposto por um time indiscutivelmente superior.

O Juventude descontou aos 32, quando tudo já estava liquidado, através de um cabeceio de Gabriel, que acertou o canto esquerdo de Saja. Foi aquele que se denomina, normalmente, de "gol de honra". O título, merecidamente, já era do melhor time do campeonato, o Grêmio.

Grêmio
Saja; Gavilán (Nunes), William, Teco e Lúcio (Bruno Teles); Edmílson, Sandro Goiano, Tcheco e Diego Souza; Carlos Eduardo (Ramón) e Tuta
Técnico: Mano Menezes

Juventude
André; Ricardo (Veiga), Éderson, Fabrício e Márcio Azevedo; Radamés, Lauro, William (Júlio César) e Paulo Ramos (Gabriel); Cristiano e Da Silva
Técnico: Ivo Wortmann

Data: 6/5/2007 (domingo)
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre
Árbitro: Carlos Simon
Auxiliares: Marcelo Barison e Paulo Ricardo Rosa Santos
Cartões amarelos: Carlos Eduardo, Gavilán (Grêmio); Éderson, Márcio Azevedo, Radamés (Juventude)
Gols: Tcheco (aos 15min do 1º tempo); Diego Souza (aos 4min), Tcheco (aos 16min), Lúcio (aos 23) e Gabriel (aos 32min do 2º tempo)

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