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  21/02/2007 - 09h00
Capitão realiza sonhos no campo, na boléia e na fazenda

Leandro Canônico, especial para o Pelé.Net

SÃO PAULO - O nome do ex-volante Capitão é quase sempre associado à Portuguesa. Aos 38 anos e dois depois de encerrar a carreira pelo time do Canindé, Oleúde José Ribeiro está feliz com o "sobrenome" que ganhou. Num balanço de toda sua trajetória no futebol, o atual aspirante a técnico comemora o fato de ter realizado seus três sonhos: ser caminhoneiro, fazendeiro e jogador.

LANCES DA CARREIRA DE CAPITÃO
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No São Paulo, volante Capitão conquistou primeiro título: o Campeonato Paulista 98
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Jogando pela Portuguesa Santista, Capitão marcou Kaká, principal revelação à época
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Capitão teve três passagens na Portuguesa, onde foi vice-campeão brasileiro em 1996
VEJA O PERFIL DO VOLANTE CAPITÃO
"Depois de tantos anos na Portuguesa [foram três passagens], o meu sobrenome já virou o time. Todo mundo que me pára na rua para pedir autógrafo diz: 'Olha lá o Capitão da Portuguesa'. Qualquer lugar que eu vá sou reconhecido dessa maneira pelos torcedores. E fico feliz com esse retorno", comentou o ex-volante, que atualmente mora em Mauá, na Grande São Paulo.

O objetivo de enveredar na carreira de técnico de futebol surgiu da forte ligação de Capitão com o esporte, mas principalmente para que ele pudesse ter uma meta de vida. Isso porque seus três principais sonhos ele conseguiu realizar ao longo dos 18 anos de trabalho como atleta profissional - começou em 1986.

"Eu tinha três sonhos na minha vida: ser caminhoneiro, fazendeiro e jogador. Consegui realizar todos. Depois de conseguir ser atleta, comprei um caminhão para fazer algumas viagens e tenho uma fazenda em Santa Lúcia, no interior do Paraná. Agora precisei procurar uma nova meta: ser treinador de futebol", falou Capitão.

Cansado de apenas administrar os imóveis que tem em Mauá, o ex-volante de Portuguesa, São Paulo, Grêmio e Sport já terminou cursos de treinador e agora busca uma vaga em algum time. Depois de contatos, pode ser que Capitão apareça como estagiário no Morumbi ou no Canindé.

"Já conversei na Portuguesa, clube com o qual tenho muita identificação, e no São Paulo, por ter um bom relacionamento com o Muricy Ramalho. De repente pode surgir a oportunidade de um estágio nesses clubes. Minha idéia é começar como técnico, mas se acontecer de ser auxiliar antes tudo bem. Aprendemos muito assim", declarou Oleúde.

Satisfeito com sua reação ao término da carreira, Capitão se prepara também para o caso de não dar certo sua ambição como treinador. E como a maioria dos ex-atletas, ele pretende entrar no ramo dos empresários de jogador.

"Eu me preparei dois anos antes para encerrar a carreira, e fiquei surpreso com a minha reação. Alguns jogadores param e não sabem o que fazer. Eu estou tranqüilo. Mas caso não dê certo ser técnico, eu preciso procurar alternativas e por isso penso em entrar na área empresarial", acrescentou Capitão.

Pai de Oleúde Junior, Mateus, Lucas, Gabriela e Wellington, o ex-volante Capitão lamenta não ter conseguido chegar à seleção brasileira. Mas pior do que isso para ele é lembrar do vice-campeonato brasileiro de 1996, quando a Portuguesa perdeu para o Grêmio.

"Eu tinha um grande desejo de chegar à seleção brasileira, mas a frustração de ter perdido aquele Campeonato Brasileiro supera isso. Eu tenho a fita em casa, mas nunca tive coragem de assistir", finalizou Oleúde, o conhecido Capitão.


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