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  11/01/2007 - 08h21
Há um ano na Gávea, Toró ainda não 'fez chover'

Vinícius Barreto Souto
No Rio de Janeiro

"Esperamos que você repita o que o Zico fez". Com esta frase, o presidente do Flamengo, Marcio Braga, abriu a apresentação oficial de Toró como reforço do time, em dezembro de 2005. Mas após um ano na Gávea, o meia ainda não justificou o apelido, referente à fama de "fazer chover".

"Esse apelido surgiu em 1993, quando ainda jogava futebol de salão no Marabu-RJ. Era bem novo [tinha apenas sete anos] e fazia muitos gols. Por isso me deram esse apelido. Mas hoje em dia é totalmente diferente", reconheceu o jogador, que incorporou o apelido ao seu nome de batismo - agora ele se chama Rafael Toró Ferreira Francisco - no ano passado.

A empolgação demonstrada por Marcio Braga nas suas palavras no dia da apresentação de Toró dá a dimensão exata da imensa expectativa sob a qual o jogador chegou à Gávea, vindo do Fluminense.

Na época, a contratação repercutiu como se o Flamengo estivesse "roubando" do rival uma jóia rara. Afinal, nas categorias de base do clube tricolor (que contratou o então menino prodígio em 1994, quando ele só tinha oito anos), Toró era considerado um craque fora de série.

Meia-atacante driblador, de extrema habilidade, o menino Rafael fez carreira de sucesso como infantil, juvenil e júnior do Fluminense. Mas após se profissionalizar, Toró nunca mais conseguiu repetir as atuações que, segundo os observadores, "faziam chover".

Ainda no Fluminense, o jogador teve algumas chances com o técnico Abel Braga, mas só fez um gol. Ao chegar ao Flamengo - indicado pelo treinador Valdir Espinosa, que o lançou nos profissionais do time tricolor -, alegou que teve poucas oportunidades de mostrar seu valor na equipe principal das Laranjeiras.

De lá para cá, Toró tem ficado em situação cada vez mais desconfortável. Apenas três meses após a sua chegada, Espinosa foi demitido pelo Flamengo. Com o técnico sucessor, Waldemar Lemos, o jogador teve poucas chances. E após a saída do treinador, em maio de 2006, assumiu Ney Franco (atual comandante), que decidiu lançá-lo como volante.

"Estou jogando numa posição nova, que o Ney me deu. Ele confiou em mim nessa função. Procuro ajudar da melhor maneira possível, fazendo gols ou não", comentou Toró, que atualmente é reserva do Flamengo.

Nestes 12 meses com a camisa rubro-negra, o jogador disputou 33 partidas e só fez um gol - num amistoso contra o combinado Maranhão/MotoClube, no dia 2 de julho do ano passado, vencido pelo Flamengo por 3 a 2.

Toró espera melhorar em 2007
Embora garanta que a nova função de volante não ofusca seu futebol, Toró não esconde que ainda se esforça para se adaptar à posição. "É importante frisar que sempre fui meia-atacante. Mas o importante é colaborar com o grupo, onde quer que seja", comentou.

"Quando vim do Fluminense, todos esperavam que eu atuasse do meio para frente, armando as jogadas. O pessoal deve estar achando estranho, sentindo falta do Toró no meio-campo. Mas hoje em dia faço parte do setor defensivo, e, quando tiver que sair, vou fazer isso aos poucos", continuou.

Mesmo assim, Toró espera dias melhores em 2007. "Em 2006, foi o meu primeiro ano nessa posição. Agora já me adaptei e espero ter um ano completamente diferente, bem melhor", projetou o jogador, que explicou o porquê aceitou sair da sua posição de origem para atuar como volante.

"O elenco já tem muitos jogadores nessa posição de meia [Renato, Juninho Paulista, Renato Augusto, Advaldo, Leandro Salino e William]. O importante é fazer parte do grupo. Ano passado pude colaborar como volante e, nesse ano, se puder ajudar de novo, vou ficar muito satisfeito", encerrou Toró.


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