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  22/05/2006 - 18h37
Cuca chega ao Botafogo com os pés no chão

Do Pelé.Net
Em Niterói (Rio de Janeiro)

O técnico Cuca foi oficialmente apresentado como novo treinador do Botafogo no final da tarde desta segunda-feira, no Caio Martins, em substituição a Carlos Roberto, demitido após a derrota por 1 a 0 para o Juventude, no último domingo, pelo Brasileiro. Na sua chegada, o novo comandante mostrou conhecimento da situação do Alvinegro e por isso não prometeu vôos muito altos, pelo menos por enquanto.

FICHA DO TÉCNICO:

Nome: Alexis Stival
Nascimento: 07/06/1963
Local: Curitiba-PR
Clubes como treinador: Uberlândia-MG, Inter de Limeira-SP, Brasil de Pelotas-RS, Avaí-SC, Internacional de Lages-RS, Remo, Criciúma, Gama, Paraná, Grêmio, São Paulo, Goiás, Flamengo, Coritiba, São Caetano-SP e Botafogo.
"O primeiro passo é sair da zona do rebaixamento. Depois, com trabalho e muito suor no dia-a-dia, buscar uma vaga na Sul-Americana. Chegando lá, pensa-se na Libertadores. Em time grande, sempre é preciso pensar no maior, mas o momento hoje não é o ideal para se falar nisso. Mas nossa vontade é chegar próximo disso", disse Cuca.

O técnico, que assinou contrato até o final deste ano, assume o Botafogo na zona do rebaixamento do Brasileiro, como 18º colocado, com cinco pontos, à frente apenas de Grêmio e Santa Cruz. Além disso, o time não vence há cinco partidas.

Contudo, Cuca acredita que pode tirar o time desta situação por vários motivos. Primeiro, devido à sua experiência em assumir equipes em situação delicada.

"Não quero ficar rotulado assim [risos]. Mas, no ano passado, no Flamengo, saímos da última posição num turno [do Estadual] e chegamos à final do outro. No São Caetano, conseguimos uma conquista, que foi salvar o time, praticamente rebaixado [no Brasileiro]", comentou.

Além disso, Cuca lembrou que o campeonato ainda está no início (só foram disputadas seis rodadas), o que facilita a reabilitação. "Aqui, o campeonato está com 18%. Então, dá tempo de pôr o trabalho em prática", justificou Cuca, que também confia no potencial do grupo.

"Analisando o grupo de jogadores, sabendo da grandeza do clube, resolvi aceitar prontamente. Acompanhei o Botafogo no Estadual, há pouco mais de dois meses era campeão, melhor time do rio, melhor grupo. Hoje, freqüenta a zona do rebaixamento. É lógico que preocupa, mas é um começo", completou.

Alexis Stival, o Cuca, tem 42 anos e começou sua carreira de técnico em 1998, no Uberlândia-MG. Depois, passou por times de menor expressão do sul do país até assumir o Paraná. De lá, foi para o Goiás, onde se destacou ao classificar o time para a Copa Sul-Americana no Brasileiro de 2003.

Com isso, teve a chance de dirigir o São Paulo na Libertadores de 2004. No mesmo ano, comandou o Grêmio no Brasileiro. Em 2005, dirigiu o Flamengo, onde comandou o time por 12 jogos, obtendo com cinco vitórias, quatro empates e três derrotas.

Depois de sair do Flamengo, Cuca treinou Coritiba e São Caetano no Brasileiro do ano passado. Desde então, estava desempregado. Na entrevista coletiva, o técnico falou sobre outros assuntos.

Má fase do Botafogo:
Hoje o time passa por uma fase ruim, mas quase todas as equipes vão passar por isso. Num campo longo, é quase impossível uma equipe se manter no topo. Vamos trabalhar para que essa fase seja encurtada ou podada a partir da quinta-feira [contra o Vasco].

Cinco expulsões e 22 amarelos em seis jogos:
O cartão é admissível quando há uma necessidade de levar por falta do último homem. Mas as estatísticas mostram que 75% dos times que ficam com um a menos perdem, ou, no máximo, empatam. E a lógica caiu para o Botafogo também. Ter cinco expulsões em seis partidas é exagerado. Isso tem que ser repensado pelos jogadores e por nós.

Conhecimento sobre o Botafogo:
Vejo um grupo maduro, experiente. Foi campeão Estadual e melhorou com algumas contratações. Mas temos que melhorar a passagem de bola da defesa para o ataque, com maior velocidade.

Conheço bem o grupo. Já trabalhei com alguns jogadores como o Sérgio Manoel, o Christian, o Flavinho e o Lucio Flavio.

Substituto para Lucio Flavio:
Se não de forma igual, o Sérgio Manoel e o Glauber, que são da mesma posição, podem jogar ali. Nos treinamentos, geralmente, também descobrimos valores que se encaixam no setor. Quem sabe aqui possa ocorrer o mesmo.

Saída do Flamengo:
No Flamengo, houve um desgaste em função de ter tido a promessa de reforços. Mas toda hora tinha que responder sobre isso, durante 15, 20 dias. Mas não é treinador quem deve falar sobre isso. Houve um desgaste muito grande, o trabalho estava sendo bem conduzido, nosso ambiente com o grupo era muito bom.

Esquema preferido:
O treinador gosta de ver um time equilibrado, com uma marcação forte, velocidade e bom aproveitamento nas oportunidades que surgem. Em seis partidas, o Botafogo tem três gols, acho que é o pior ataque.

Mas o importante é ter equilíbrio. Se sentir que o time fica equilibrado no 3-5-2, vamos trabalhar assim. Se sentir que é uma equipe mais desenvolta e dá para jogar diferente, vamos jogar. Hoje ainda não dá para citar um sistema, é lógico que até quinta [contra o Vasco, pelo Brasileiro], precisamos definir.

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