| 15/02/2006 - 21h39 Palmeiras dribla complexo e empata no Paraguai Da Redação Em São Paulo O Palmeiras levou a melhor sobre seus dois "adversários" na estréia da fase de grupos da Copa Libertadores. Na noite desta quarta-feira, a equipe brasileira minimizou o complexo de inferioridade em relação a seus principais rivais e conquistou difícil empate sem gols com o Cerro Porteño, no estádio Monumental la Olla, em Assunção, no Paraguai.
AFP Edmundo tromba e derruba juiz durrante empate Em desvantagem financeira em relação a Corinthians e São Paulo, que investiram alto para a disputa do torneio continental, o time alviverde tenta compensar na disciplina tática a disparidade para os adversários nacionais. E, nesta noite, a fórmula funcionou.
Com três zagueiros no primeiro tempo e uma postura mais cautelosa, o Palmeiras "nota 5", conforme avaliação do técnico Emerson Leão, conseguiu conter o ímpeto ofensivo do Cerro Porteño na etapa inicial. A partir do intervalo, arriscou-se mais no ataque ao mudar para o esquema 4-4-2, mas não chegou ao gol.
O comandante brasileiro reclamou da falta de pontaria, mas festejou o resultado. "Na Libertadores não se pode reclamar de um empate na casa do adversário, mas podemos lamentar as inúmeras oportunidades perdidas", analisou Leão.
A igualdade em Assunção, assim, aumenta o jejum alviverde. Após triunfar em seus primeiros sete jogos na temporada, o Palmeiras completa quatro partidas sem vencer, já que foi para o Paraguai acumulando empates com Guarani e Bragantino e derrota para o São Paulo, todos pelo Campeonato Paulista.
Na Copa Libertadores, com o placar desta noite, a equipe de Leão soma seu primeiro ponto no Grupo 7 e aparece em segundo lugar da chave ao lado do Cerro Porteño. O líder é o Atlético Nacional, da Colômbia, que possui três pontos, enquanto o Rosario Central, da Argentina, fica na lanterna.
JEJUM PALMEIRENSE | Data | Adversário | Placar | 5/2 | São Paulo | 2 x 4 | 8/2 | Guarani | 1 x 1 | 11/2 | Bragantino | 1 x 1 | 15/2 | Cerro Porteño | 0 x 0 | As duas equipes voltam a campo pela Libertadores em datas distintas. O Palmeiras joga no Parque Antarctica apenas no dia 2 de março, quando recebe o Atlético Nacional. O Cerro, por sua vez, atua no dia 23 de fevereiro diante do Rosario Central, fora.
O jogo Mal o árbitro autorizou o início da partida, o Cerro Porteño já mostrou qual postura adotou para o duelo. Com uma forte marcação e apostando nas jogadas em velocidade, sobretudo pelo lado direito, o time paraguaio assustou o goleiro Sérgio no primeiro minuto de jogo.
Após cruzamento da direita, Achucarro desviou na pequena área e só não abriu o placar graças à presença de Daniel. Demonstrando certo nervosismo na defesa, o Palmeiras deu espaços aos paraguaios e teve dificuldades para trocar passes ao recuperar a bola. O Cerro, por sua vez, continuou explorando as laterais do campo.
DEFESA VOLTA A SAIR ZERADA | Dono da segunda melhor defesa do Campeonato Paulista, o Palmeiras voltou a completar uma partida sem sofrer gols após quatro jogos.
O setor estava preocupando Emerson Leão, que decidiu escalar a equipe com três zagueiros no Paraguai, colocando Valdomiro ao lado de Daniel e Gamarra.
Nas últimas quatro partidas antes de viajar para Assunção, o Palmeiras havia sofrido oito gols, média de dois por rodada. | Depois de Achucarro exigir defesa de Sérgio em chute rasteiro, Ávalos também levou perigo à meta alviverde. Cristaldo levantou a bola na área pela esquerda e o camisa 9 se antecipou a Leonardo Silva para, de cabeça, finalizar muito alto.
O Palmeiras chegou pela primeira vez ao gol de Barreto aos 18min, quando Marcinho cobrou falta da meia esquerda e mandou a bola próxima ao travessão. Aos poucos, os visitantes equilibraram as ações no meio-campo e passaram a dar mais trabalho a Barreto.
Aos 31min, Paulo Baier assustou a torcida local ao cobrar falta pela esquerda e carimbar o travessão dos anfitriões. No rebote, Correa chutou de primeira sobre Barreto, que encaixou com segurança. Nos últimos minutos antes do intervalo, o time paraguaio exerceu pressão e, não fosse desvio de Gamarra em disparo de Achucarro, o placar seria inaugurado aos 46min.
No intervalo, as duas equipes voltaram com alterações ofensivas. No Palmeiras, Leão abandonou o esquema com três zagueiros ao tirar Valdomiro e colocar o meia Ricardinho. Gustavo Costas ousou menos, colocando o meia-atacante Gimenez no lugar de Genes.
E, assim como na etapa inicial, o time paraguaio começou com maior ímpeto no ataque. Após acertar o travessão de Sérgio em jogada pelo alto, o Cerro mostrou superioridade nesse tipo de jogada e Achucarro completou para fora depois de desvio de cabeça na primeira trave, aos 7min.
O mesmo Achucarro desperdiçou outra boa oportunidade pouco depois, ao errar cabeceio na pequena área, acertando a bola com o ombro. No outro lado, Edmundo também perdeu chance aos 21min, batendo cruzado da direita, direto para fora. O lance animou a equipe brasileira, que voltou a levar perigo aos 22min. Edmundo e Enílton trocaram passes dentro da área, mas não conseguiram definir a jogada.
No final do duelo, o Cerro acertou mais uma vez a trave de Sérgio. Desta vez, Devaca ajeitou e Benítez, novamente de cabeça, assustou os brasileiros. No entanto, a igualdade persistiu até o fim da partida, para insatisfação da torcida paraguaia.
CERRO PORTEÑO Barreto; Pedro Benítez, Devaca, Pérez e Fretes; González, Grana, Cristaldo e Genes (Gimenez); Ávalos (Da Silva) e Achucarro Técnico: Gustavo Costas
PALMEIRAS Sérgio; Daniel (Leonardo Silva), Gamarra e Valdomiro (Ricardinho); Paulo Baier, Marcinho Guerreiro, Correa, Marcinho e Lúcio; Edmundo e Enílton (Washington) Técnico: Emerson Leão
Local: estádio Monumental la Olla, em Assunção, no Paraguai Árbitro: Martín Vázquez (URU) Auxiliares: Pablo Fandiño (URU) e Wálter Rial (URU) Cartões amarelos: Marcinho (P), Achucarro (C), Ricardinho (P), Correa (P), Grana (C), Cristaldo (C) e Marcinho Guerreiro (P)
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