| 10/09/2005 - 09h08 "Máfia russa" faz CBF recuar e desistir de amistoso com Chelsea Da Redação Em São Paulo Depois de empatar com o Sevilla, na última terça-feira, a seleção brasileira planejava, ainda este ano, enfrentar outro time europeu. O rival seria o inglês Chelsea, que comemora seu centenário de fundação, mas o duelo dificilmente acontecerá.
Folha Imagem Para fugir da incoerência, Teixeira diz "não" ao Chelsea e cancela amistoso com o clube inglês De acordo com a edição deste sábado do jornal "Folha de S. Paulo", a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) encerrou as negociações para que o time nacional enfrentasse o hoje bilionário clube inglês. O duelo, que deveria acontecer entre os dias 15 ou 16 de novembro, aconteceria em novembro e daria à entidade um lucro de US$ 2 milhões.
O Chelsea tem como dono o magnata russo Roman Abramovich, que tornou a equipe, então apenas candidata a boas posições, em uma das principais forças do futebol mundial. Os investimentos na contratação de jogadores deram resultado, já que a equipe foi campeã nacional em 2004-2005 e semifinalista da Liga dos Campeões.
Diante desse quadro, o motivo do cancelamento do amistoso é estritamente político. A recusa foi dada pelo próprio presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Recentemente, o dirigente foi indicado pela Fifa, entidade máxima do futebol mundial, para participar de um grupo de trabalho que vai investigar se existe um envolvimento da máfia russa em lavagem de dinheiro no esporte.
Para que os conflitos com seus compromissos com a Fifa e com a seleção brasileira não sejam tratados como conflitantes e incoerentes, Teixeira resolveu cancelar a partida. Na próxima segunda-feira, ele viaja para Marrocos, onde vai participar de um congresso que vai discutir como serão os trabalhos e investigações sobre a máfia russa.
Caso o cancelamento seja oficialmente confirmado pela CBF, o Brasil tem apenas mais dois compromissos oficiais em 2005, ambos em outubro, contra a Bolívia, em La Paz, e Venezuela, em Belém, no complemento das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2006. Mesmo classificado para o Mundial, o técnico Carlos Alberto Parreira já disse que pretende contar com força máxima para os duelos.
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