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  23/07/2005 - 20h02
Em festa de Ceni, São Paulo perde e se complica

Da Redação
Em São Paulo

Fernando Santos/Folha Imagem 
Canindé comemora gol que deu a vitória ao São Caetano sobre o São Paulo
Depois da conquista da Copa Libertadores, o São Paulo ainda não conseguiu voltar à realidade. Nesta tarde de sábado, dia em que Rogério Ceni igualou a histórica marca de jogos de Waldir Peres, o time perdeu por 1 a 0 para o São Caetano, no Morumbi, e se afastou ainda mais das primeiras colocações do Campeonato Brasileiro.

O resultado faz o clube permanecer com apenas 16 pontos, em 16° lugar, apenas quatro a mais que o Vasco, último time a freqüentar a zona do rebaixamento para a Série B. Na rodada anterior, o time desperdiçou ótima chance de emplacar uma vitória ao ficar no 3 a 3 com o Brasiliense, no Distrito Federal.

"Não podemos pensar que ainda falta muito [distância para os líderes]. Os números são frios, não dá pra projetar. Temos que trabalhar para a vitória. É possível retomar, mas a cada rodada fica mais complicado", afirmou o técnico Paulo Autuori.

Já o São Caetano chega aos 24 pontos e se aproxima dos líderes. Na rodada anterior, o time tropeçou diante do Paraná (1 a 1), no Anacleto Campanella, que culminou com a queda de Estevam Soares, substituído por Levir Culpi. O ex-cruzeirense, no entanto, assume o comando apenas na segunda-feira. Dino Camargo dirigiu o time na capital.

OS DEZ PRIMEIROS
1. Valdir Peres, 617 jogos
2. Rogério Ceni, 617
3. José Poy, 565
4. Teixeirinha, 533
5. De Sordi, 501
6. Terto, 499
7. Gino Orlando, 450
8. Roberto Dias, 450
9. Nelsinho, 447
10. Mauro, 444
Esta foi a terceira derrota do São Paulo jogando no Morumbi nesta temporada. Até o momento, o time havia perdido apenas para a Ponte Preta, uma rodada depois de conquistar o Paulistão, e para o Internacional, com time reserva, pelo Nacional. No total, foram 25 partidas, com 20 vitórias, dois empates e três derrotas.

O único a ter motivos para comemorar era o goleiro Rogério Ceni. No confronto desta tarde, o jogador atuou pela 617ª vez, igualando a marca do lendário Waldir Peres, titular absoluto no final dos anos 70 e início dos 80. Ceni, aliás, foi a campo vestindo o característico uniforme na cor cinza com o nome do ex-goleiro nas costas e entrou no gramado carregando suas duas filhas.

"Ele [Waldir Peres] é uma pessoa que pude me inspirar e que tem um carinho muito grande pela camisa do São Paulo", afirmou Ceni. "É muito emocionante voltar ao Morumbi. Espero que ele continue sendo muito feliz na carreira", emendou Peres.

O São Paulo volta a campo na próxima quarta-feira, contra o Atlético-MG, às 21h45, no Mineirão. Já o São Caetano recebe o Botafogo, no mesmo dia, mas às 20h30, no ABC.

O jogo
Apesar de o técnico Paulo Autuori pedir concentração total no Campeonato Brasileiro, o São Paulo iniciou a partida ainda em ritmo de comemoração pelo título da Copa Libertadores. Melhor para o São Caetano, que tinha mais posse de bola, mas não conseguiu criar.

O time da capital só melhorou a partir dos 10min. Forçando as jogadas pelas laterais com Cicinho e Fábio Santos, os atuais campeões estaduais chegavam com facilidade ao ataque, porém, sem finalizar contra a meta de Sílvio Luiz.

A melhor chance surgiu apenas aos 34min. Cicinho cruzou da direita, o zagueiro Neto não conseguiu cortar e a bola sobrou para Amoroso. O atacante bateu forte e Sílvio Luiz fez linda defesa, espalmando para escanteio.

Aos 40min, foi a vez de Danilo desperdiçar. Diego Tardelli recebeu cruzamento de Souza na área e, em vez de chutar, optou por rolar para Danilo. O meia soltou a bomba de pé esquerdo, mas errou o alvo e bateu
para fora.

O PALCO DA TRAGÉDIA
A partida deste sábado foi a primeira entre São Paulo e São Caetano, no Morumbi, depois da morte do zagueiro Serginho.

O jogador sofreu uma parada cardiorrespiratória, aos 14min do segundo tempo do jogo disputado no dia 27 de outubro de 2004, também pelo Campeonato Brasileiro.
Na volta do intervalo, o São Paulo continuou apático. Com os times abusando das faltas, poucas jogadas de ataque foram criadas e a partida ficou concentrada apenas no meio-campo.

A partir dos 10min, o São Caetano liberou seus laterais - Alessandro e Triguinho - para se aproximarem dos atacantes. Dessa forma, a partida ficou mais aberta e ambos passaram a procurar mais vezes o sistema ofensivo.

Pouco superior na partida, o São Caetano chegou ao gol aos 33min. Canindé arriscou chute de fora da área e acertou o ângulo esquerdo de Rogério Ceni, sem chance de defesa.

SÃO PAULO
Rogério; Cicinho, Fabão, Lugano e Fábio Santos; Josué, Mineiro, Souza (Roger) e Danilo; Amoroso e Diego Tardelli
Técnico: Paulo Autuori

SÃO CAETANO
Sílvio Luiz; Alessandro, Douglas, Neto e Triguinho; Zé Luís, Claudecir (Pingo), Thiago e Canindé (Márcio Richards); Edílson e Dimba (Émerson)
Técnico: Dino Camargo

Local: estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Árbitro: Luís Marcelo Vicentin Cansian (SP)
Auxiliares: Valter José dos Reis (Fifa-SP) e Emerson Augusto de Carvalho (SP)
Cartões amarelos: Neto (SC), Danilo (SP), Triguinho (SC), Dimba (SC), Souza (SP), Fabão (SP), Josué (SP), Lugano (SP), Claudecir (SC), Mineiro (SP), Alessandro (SC)
Gol: Canindé, aos 33min do segundo tempo

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