! Santo André pára o Palmeiras novamente - 16/03/2005 - UOL Esporte - Futebol

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  16/03/2005 - 23h36
Santo André pára o Palmeiras novamente

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Em São Paulo

Folha Imagem 
Pedrinho encara marcação; veja fotos do Palmeiras e da rodada da Libertadores
O Palmeiras perdeu a chance de disparar na liderança do Grupo 4 da Copa Libertadores. Nesta quarta-feira, na abertura do segundo turno, o time do Parque Antártica não passou de um empate por 1 a 1 com o Santo André dentro de casa.

A igualdade mantém o Palmeiras na primeira posição do Grupo 4, agora com cinco pontos. Entretanto, a equipe paulista pode ser ultrapassada pelo Deportivo Táchira, que tem três e enfrenta o Cerro Porteño no encerramento do primeiro turno.

O Santo André, com este empate, não deixa a lanterna do Grupo 4. Contudo, chega a dois pontos e se iguala ao Cerro Porteño (terceiro colocado).

Entretanto, a equipe do ABC segue sem vencer na Libertadores 2005. A fraca campanha causou a demissão do treinador Luiz Carlos Ferreira, substituído por Sérgio Soares (que estreou nesta quarta-feira).

CANDINHO CULPA "ESCORREGÃO"
O técnico do Palmeiras, Candinho, culpou uma falha individual do zagueiro Daniel pelo empate com o Santo André. "O Daniel escorregou na hora do chute e não conseguiu travar. Foi uma infelicidade muito grande", lamentou.

Apesar da crítica ao zagueiro, o técnico palmeirense não viu apenas defeitos na defesa de sua equipe. "Seguramos bem o Santo André e não demos espaços para eles. Fomos muito bem durante o jogo inteiro, mas cometemos uma falha quando não podíamos". Leia mais
Além disso, a equipe do ABC paulista confirma a fama de algoz do Palmeiras. No ano passado, as duas equipes se enfrentaram na Copa do Brasil e o Santo André eliminou o clube do Parque Antártica com dois empates (3 a 3 dentro de casa e 4 a 4 como visitante).

Para o Palmeiras, o resultado mantém a sina de "Robin Hood". Desde a temporada passada, equipe dirigida por Candinho não tem apresentado um bom desempenho contra adversários de menor porte.

Mais do que perder pontos para times menores, o que ficou evidente nesta quarta-feira é que o Palmeiras sente falta de um jogador com poder de conclusão. O time do Parque Antártica até criou oportunidades, mas esbarrou na inoperância da dupla Ricardinho e Osmar.

"Desperdiçamos muitas chances e Libertadores é assim mesmo. Precisamos ser mais eficientes se quisermos as vitórias", analisou Pedrinho.

Pedrinho, aliás, foi novamente o destaque do Palmeiras. Autor de um golaço, aos 31min do segundo tempo, o camisa 10 foi a figura mais lúcida do clube da casa e a principal ameaça ao gol defendido por Júlio César.

O curioso é que os atacantes do Palmeiras marcaram quase todos os gols do clube na Libertadores 2005. A única exceção havia acontecido na primeira rodada do classificatório, quando Magrão balançou as redes do Tacuary.

Depois disso, o Palmeiras marcou oito gols (contando com o desta quarta) e sete foram feitos por atacantes. Ricardinho, Osmar e Warley deixaram dois cada um. Pedrinho, que anotou um gol diante do Santo André, começou a partida como atacante.

O outro gol do Palmeiras na Copa Libertadores aconteceu no dia 10 de março, na vitória por 3 a 0 sobre o Deportivo Táchira. O zagueiro Kloker marcou contra e fez o primeiro do time brasileiro.

As duas equipes voltam a campo pela Copa Libertadores no dia 19 de abril. Santo André e Palmeiras voltam a se encontrar, desta vez pela abertura do segundo turno, no estádio Bruno José Daniel (em Santo André).

Antes disso, porém, Palmeiras e Santo André jogam pelo Campeonato Paulista. O time do ABC viaja para Santos no sábado e encara a Portuguesa Santista. No domingo, a equipe do Parque Antártica disputa o clássico contra o Corinthians.

O jogo
Tecnicamente superior, o Palmeiras começou melhor em campo. No entanto, a equipe da casa insistia nos cruzamentos para a área do Santo André e isso contribuiu bastante para que a defesa visitante evitasse os gols.

Quando não tentou cruzamentos, o Palmeiras sentiu falta de um homem criativo no meio-campo. Diego Souza participou pouco do jogo e Pedrinho, que poderia desempenhar esta função, atuava como atacante.

Com isso, o Palmeiras só levou perigo ao gol defendido por Júlio César em uma cobrança de falta. Aos 9min, Correa rolou e Pedrinho chutou de primeira. A bola passou à esquerda da meta, muito perto da trave.

A forte marcação imposta pelo Santo André impedia o trabalho de todos os jogadores ofensivos do Palmeiras. Com isso, a única alternativa da equipe da casa passou a ser o avanço do volante Marcinho, que tinha liberdade.

Foi assim aos 12min. O camisa 5 invadiu a área pela direita e recebeu completamente livre de marcação. Contudo, ele chutou muito longe do gol defendido por Júlio César.

Depois de resistir à pressão inicial do Palmeiras, o Santo André começou a sair para o jogo. Assim, a equipe visitante passou a marcar a saída de bola dos mandantes e impediu a transição entre defesa e meio-campo.

Apesar disso, o Santo André não conseguiu diminuir o espaço do Palmeiras. Pelo contrário. A equipe visitante mostrou falta de recursos técnicos só chegou aos 26min, em um chute de Ramalho. O volante arriscou da intermediária e Marcos precisou desviar para a linha de fundo.

Aos poucos, os laterais do Palmeiras começaram a aparecer mais e se tornaram uma alternativa para a equipe paulista sair para o jogo. Assim, a fragilidade do Santo André ficou exposta. Assim como a carência do ataque alviverde.

Osmar, atual centroavante titular do Palmeiras, teve duas oportunidades para marcar. A primeira aconteceu aos 43min, quando ele invadiu a área com a bola dominada e tropeçou antes de finalizar.

A chance mais clara aconteceu aos 45min. Com bola dominada dentro da área, o camisa 22 chutou cruzado, com muita força. Júlio César caiu para o canto esquerdo e praticou a defesa.

Preocupado com o péssimo aproveitamento de seu ataque, o técnico Candinho colocou Ricardinho no lugar de Diego Souza durante o intervalo. Com isso, recuou o camisa 10 Pedrinho para a armação das jogadas.

A alteração deu mais mobilidade ao Palmeiras. Porém, não solucionou a falta de força ofensiva dos mandantes. Logo aos 2min, Ricardinho chutou de fora da área e mandou a bola muito acima do travessão de Júlio César.

O próprio Ricardinho criou outro lance de perigo aos 12min. O atacante passou por dois marcadores pela esquerda, driblou para o meio e chutou de pé direito. Se a jogada foi quase perfeita, a conclusão foi muito fraca e não deu trabalho ao camisa 1 do Santo André.

Mais lúcido e tecnicamente muito superior aos outros jogadores, Pedrinho era o único palmeirense que realmente ameaçava o Santo André. Aos 16min, o camisa 10 cobrou falta com categoria e obrigou Júlio César a fazer grande defesa.

Grande nome do Palmeiras, Pedrinho foi recompensado aos 31min. Em um lance de rara precisão, o volante Correa lançou de pé esquerdo e encontrou o camisa 10 dentro da área. Ele deixou a bola tocar no chão e chutou de primeira, com muita força, para vencer Júlio César.

Mesmo sem merecer, o Santo André reagiu rápido. Ramalho recebeu dentro da área aos 36min. De costas para a defesa, ele ajeitou para o camisa 14 Rafinha. O meia chutou de primeira e ainda contou com um desvio para acertar o canto esquerdo de Marcos, que nada pôde fazer.

PALMEIRAS
Marcos; Glauber, Nen e Daniel; Correa, Marcinho, Magrão, Diego Souza (Ricardinho) e Lúcio; Pedrinho e Osmar
Técnico: Candinho

SANTO ANDRÉ
Julio César; Ronaldo, Diego Padilha e Gabriel; Dodô, Fernando, Ramalho, Rafinha (Alex Pinho) e Romerito; Leandrinho (Makanaki) e Sandro Gaúcho (Rodrigão)
Técnico: Sérgio Soares

Local: estádio Parque Antártica, em São Paulo (SP)
Árbitro: Paulo César de Oliveira (São Paulo)
Auxiliares: Valter José dos Reis e Ednilson Corona (Brasil)
Cartões amarelos: Romerito (S), Dodô (S), Diego Souza (P), Pedrinho (P), Romerito (S), Alex Pinho (S)
Gols: Pedrinho, aos 31min; Rafinha, aos 36min do segundo tempo

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