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  22/09/2004 - 19h15
Governo regionaliza Paulista feminino e aguarda aval da FPF

Luciana de Oliveira
Em São Paulo

Por obra da Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer do governo de São Paulo, comandada Lars Grael, e com o apoio da FPF (Federação Paulista de Futebol), o Campeonato Paulista feminino de futebol volta à cena, três anos após sua falência, com alguns cuidados para evitar a "fuga" das equipes, como aconteceu no passado.

Reuters 
Campeonato Paulista ressurge depois
da prata nas Olimpíadas de Atenas
A competição acontece de outubro a dezembro. O regulamento já existe: foi definido nesta quinta-feira, em Barretos (SP), numa reunião na qual Grael e representantes das prefeituras interessadas no projeto estiveram presentes. Para sair do papel, aguarda a aprovação técnica da federação, que irá avaliar a proposta na próxima semana.

No novo Paulista feminino, o regulamento determina chaves regionais na primeira fase. O objetivo é evitar que os times -a maioria bancada por prefeituras e universidades -tenham gastos excessivos com transporte.

Mas o maior trunfo promocional do Paulista feminino fica para a final: a idéia é que a decisão do título seja uma preliminar de um jogo da rodada final do Campeonato Brasileiro. As demais partidas, no entanto, serão isoladas das disputas masculinas.

"A idéia é que o governo dê os primeiros passos. Com o tempo, acredito, o campeonato tende a se profissionalizar", disse Grael. Segundo o secretário, as negociações para a ressurreição do Paulista começaram no início deste ano, antes de a seleção feminina conquistar a prata nas Olimpíadas de Atenas. "A menos que a Confederação Brasileira de Futebol lance a liga nacional, este campeonato será o mais importante do país."

No novo Paulista, 32 equipes serão convidadas a participar: 24 seleções municipais, as mais bem qualificadas nos Jogos Regionais, quatro times universitários e quatro indicados pela FPF. As universidades são Uni Sant'Anna, Unip, USP e Mackenzie. Duas zagueiras da seleção vice-campeã olímpica têm atuado em equipes universitárias: Aline, pela UniSant'anna, e Juliana Cabral -que perdeu seu lugar em um clube sueco durante as Olimpíadas- pela Unip.

Os times serão divididos em oito chaves, com quatro em cada. Jogam todos contra todos e as duas melhores equipes de cada chave passam à fase final. Elas garantem, assim, seu lugar na Série A do campeonato de 2005, que terá 20 times, sendo completada por eventuais novos convidados da FPF. Haverá ainda uma Série B, formada pelas demais equipes. A expectativa da secretaria é atrair novos participantes depois da realização da primeira edição -quem sabe, os grandes clubes.

A história do futebol feminino começou em 1997, com a criação da Paulistana por uma empresa privada. O evento teve três edições e chegou a contar com as principais jogadoras do país, como Kátia Cilene e Formiga. Altos salários e a concentração de craques em poucos times contribuíram para o fim da competição e o fechamento do departamento feminino na maioria dos clubes.

A tentativa da FPF de reeguer o campeonato, em 2001, não passou da primeira edição. Equipes universitárias e de prefeituras disputam atualmente a Liga do Interior.


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