! De forma dramática, Paulista vence Palmeiras nos pênaltis e vai à final - 04/04/2004 - UOL Esporte - Futebol

UOL EsporteUOL Esporte
UOL BUSCA


  04/04/2004 - 18h18
De forma dramática, Paulista vence Palmeiras nos pênaltis e vai à final

MBPress
Em São Paulo

Após 14 anos, a final do Campeonato Paulista não terá equipes da capital. Na tarde deste domingo, o Palmeiras fez tudo que precisava. Com um a menos, o time saiu de um placar adverso de 3 a 1, conseguiu o empate aos 50min do segundo tempo, mas o Paulista saiu vencedor na cobrança dos pênaltis.

Andre Porto/Folha Imagem 
Bandeirinha observa jogadores do Paulista comemorarem o segundo gol
No tempo normal, o duelo terminou em um eletrizante empate por 3 a 3, decidido apenas aos 50min, em bela cobrança de Pedrinho. Mas nos pênaltis, o time de Jundiaí superou o ânimo palmeirense e venceu por 4 a 3, após o goleiro Márcio pegar duas cobranças.

Nen perdeu a primeira das cobranças alternadas e Asprilla aproveitou o pênalti seguinte, para colocar o time do interior na decisão.

Com isso, a equipe de Jundiaí se classificou para a decisão do Estadual, já que o primeiro jogo terminou empatado por 1 a 1. Agora, a equipe decide o título contra o São Caetano, que se classificou, ao golear o Santos por 4 a 0, nesse sábado.

A final será decidida em duas partidas, sendo que a ordem dos mandos será definida em sorteio na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF).

Em declarações às rádios, o presidente da FPF, Marco Polo del Nero, disse que as duas partidas serão realizadas no Estádio do Pacaembu. De qualquer forma, o Paulista não jogará em casa, já que perdeu o mando de jogo por três partidas.

A última vez que a final do Paulista não teve times da cidade de São Paulo foi em 1990, quando o Bragantino derrotou o Novorizontino, na primeira final 'caipira' da história do Estadual.

Agora, o Paulista terá novamente um campeão inédito. Antes de 2004, o time de Jundiaí jamais havia passado das semifinais da competição, assim como o São Caetano, que sofre com a estigma de vice da Copa João Havelange-2000, do Brasileiro-2001 e da Libertadores-2002.

O jogo
Com maioria da torcida, o Palmeiras começou muito bem na partida. Logo aos três minutos, Muñoz invadiu a área e foi travado na hora por Galego. Dois minutos depois, foi a vez de Vágner Love receber livre e Márcio iniciou a sessão de milagres.

Quando o alviverde pressionava, o Paulista saiu rápido com a bola e foi mortal. Aos 8min, Canindé sofreu falta da entrada da área. Na cobrança da falta, a barreira abriu, Galego aproveitou e bateu com muito efeito. A bola quicou na frente de Marcos e tirou as chances de defesa do goleiro.

Apesar do gol, o Palmeiras voltou ao ataque e perdeu nova chance com Vágner Love, aos 15min. Dois minutos, o Paulista teve a segunda chance e novamente marcou. Lucas veio pela direita e cruzou. A zaga do Palmeiras falhou e João Paulo subiu livre para cabecear e colocar no canto esquerdo de Marcos.

Ayrton Vignola/Folha Imagem 
Jogadores do Paulista comemoram com a torcida a classificação para a final
Aos 20min, Magrão invadiu a área e chutou para fora. No minuto seguinte, foi a vez de Baiano perder a chance. Aos 22min, o Paulista voltou a ameaçar com Canindé, que fez um cruzamento fechado e exigiu boa defesa de Marcos.

Com isso, o técnico Jair Picerni resolveu mexer no time e colocou Élson no lugar de Diego Souza. A alteração fez com que o Palmeiras anulasse o principal armador do Paulista e o Palmeiras passou a ter mais espaços.

A pressão na saída de bola surtiu efeito e Baiano foi à linha de fundo e cruzou para Muñoz, que cabeceou para baixo e exigiu uma espetacular defesa de Márcio, aos 25min. Oito minutos depois, Muñoz perdeu grande chance, ao receber de Pedrinho, mas isolou a bola.

Com a seqüência de chances, o gol não demoraria a sair. Aos 42min, Baiano veio pela direita e cruzou. Vágner Love fez o giro, acertou um belo voleio e marcou um golaço, diminuindo a vantagem do Paulista.

Na etapa final, o Palmeiras voltou reduzindo os espaços e perdeu boa chance em cobrança de falta de Pedrinho já aos seis minutos. Com boa marcação, o alviverde ficava no ataque, mas não chegava com perigo ao gol do time de Jundiaí.

Aos 14min, Lúcio tentou o cruzamento pela esquerda, a bola tocou na mão de Lucas, mas o árbitro só marcou escanteio para desespero dos palmeirenses. Três minutos depois, o alviverde ficou em situação ainda mais complicada. Corrêa teve de parar uma jogada de velocidade de Canindé e foi expulso.

Mesmo com dez em campo, o Palmeiras seguiu em cima. Aos 19min, Lúcio cruzou para Muñoz, que desviou de joelho e Márcio fez boa defesa. Cinco minutos depois, o goleiro do Paulista voltou a brilhar em chute de Pedrinho.

Aos 29min, o artilheiro do Palmeiras perdeu outra boa chance. Ele aproveitou desvio de Leonardo, em cobrança de escanteio, mas chutou muito mal na frente de Márcio. Dois minutos depois, Pedrinho cruzou, Lúcio mergulhou, mas não conseguiu alcançar a bola, que passou na frente do goleiro do Paulista.

Após as duas chances, o time do interior resolveu ser mortal novamente. Aos 33min, o atacante Davi, que havia acabado de entrar no lugar de Izaías, aproveitou contra-ataque puxado por Canindé e fez o terceiro do Paulista.

Quando tudo parecia decidido, Muñoz foi derrubado na área pelo goleiro Márcio, aos 39min. Na cobrança de pênalti, Élson apenas deslocou o goleiro e diminuiu. Nos minutos finais, até o goleiro Marcos partiu para o ataque em cobranças de falta, mas não teve sucesso.

Aos 46min, Marcos perdeu a paciência com Fábio Mello e agrediu o meia. O árbitro Cleber Wellington Abade se atrapalhou e expulsou Magrão. Aos 47min, Lúcio arriscou de longe e Márcio defendeu.

Na última chance, aos 50min, o Palmeiras chegou ao empate heróico. Em cobrança de falta, Pedrinho acertou o canto esquerdo de Márcio e levou a partida para os pênaltis.

O Palmeiras marcou com Pedrinho, Muñoz e Vágner Love. Já o Paulista fez com Danilo e Amaral. Na terceira cobrança, Canindé acertou o travessão. Em seguida, Márcio defendeu a cobrança de Élson.

Aí foi a vez de Marcos brilhar. Lucas chutou no canto direito e o goleiro palmeirense pegou. Com a bola da decisão, Lúcio bateu e Márcio salvou o Paulista novamente. Galego marcou para o Paulista, empatou por 3 a 3 e a série foi para as cobranças alternadas.

Nesta hora, o zagueiro Nen bateu muito mal e praticamente isolou a bola. Na sequência, o zagueiro Asprilla cobrou com perfeição e colocou o Paulista na final, acabando com o todo esforço do Palmeiras no tempo normal.

PAULISTA
Márcio; Lucas, Asprilla, Danilo e Galego; Alemão, Umberto, Canindé e Aílton (Amaral); João Paulo (Fábio Mello) e Izaías (Davi)
Técnico: Zetti

PALMEIRAS
Marcos; Baiano (Rafael Marques), Nen, Leonardo e Lúcio; Corrêa, Magrão, Diego Souza (Élson) e Pedrinho; Muñoz e Vagner Love
Técnico: Jair Picerni

Local: Estádio Hermínio Ometto, em Araras
Árbitro: Cleber Wellington Abade
Cartões amarelos: Amaral, Canindé, Davi, Izaías, João Paulo e Márcio (PAU); Corrêa, Diego Souza e Élson (PAL)
Cartão vermelho: Corrêa e Magrão (PAL)
Gols: Galego, aos 8min, João Paulo, aos 17min, e Vágner Love, aos 41min do primeiro tempo; Davi, aos 34min, Élson, aos 39min, e Pedrinho, aos 50min do segundo tempo
Pênaltis: Danilo, Amaral, Galego e Asprilla (PAU); Pedrinho, Muñoz e Vágner Love (PAL). Perderam Canindé e Lucas (PAU); Élson, Lúcio e Nen (PAL)

Veja os resultados e a classificação do Campeonato Paulista.

Assista aos gols do Campeonato Paulista de 2004.

Veja as últimas notícias e leia sobre todos os jogos do Palmeiras em 2004.


ÚLTIMAS NOTÍCIAS
03/09/2007
Mais Notícias