Luís Iauca, diretor de futebol da Portuguesa, evitou respostas diretas neste domingo. Questionado insistentemente por jornalistas em entrevista coletiva, ele não falou de forma taxativa em nenhum momento. Ainda assim, confirmou de forma implícita a saída de Valdir Espinosa do Canindé.

Assim que acabou a derrota por 4 a 2 para o Palmeiras, no Pacaembu, Iauca convocou os jornalistas que estavam nos vestiários para dizer que a Portuguesa não concederia entrevistas coletivas. Então, o diretor de futebol começou a ser interpelado se ele poderia falar sobre o futuro de Valdir Espinosa.

"Eu não posso falar nada porque ainda vou conversar com ele. A minha decisão está tomada, mas não posso anunciar para vocês. Não quero passar nada para a imprensa antes de ter um encontro com o Espinosa", explicou Iauca.

A postura do dirigente começou a gerar questionamentos sobre a demissão do comandante. Afinal, se a decisão tomada fosse manter Espinosa, não haveria por que Iauca fazer silêncio ou mistério até conversar com o treinador.

O encontro entre o diretor de futebol e o técnico, porém, não aconteceu. E Espinosa ignorou o veto de entrevistas imposto por Iauca. Assim que a conversa do comandante com a imprensa acabou, o diretor voltou a conceder coletiva para falar em tom mais exaltado.

"A situação é muito complicada. Nós não queremos voltar à segunda divisão, montamos um time para não cair e estamos nos esforçando para não cair. Não podemos nos conformar com a presença na zona de rebaixamento", bradou Iauca.

A partir disso, ele foi questionado se a insatisfação com a situação atual da Portuguesa representaria o fim da passagem de Espinosa pelo clube: "Vocês já sabem. Não preciso falar mais nada".

Em nove jogos como treinador da Portuguesa, Espinosa amealhou duas vitórias, um empate e seis derrotas. O treinador assegurou que não sabe de nada e não tem a intenção de deixar a equipe, mas deixou a decisão para a diretoria.

"O cargo não é meu. Eu apenas estou nele. Se a diretoria achar que o melhor é a minha saída, não tenho o que fazer. Mas ninguém falou nada comigo e esse assunto não foi abordado em nenhum encontro", relatou Espinosa.