Quarta-feira 16/03/2016 - 21:45

Independência, Belo Horizonte

4ª rodada

3
Atlético-MG Atlético-MG
  • Cazares
  • Patric
  • Hyuri
Pós-jogo
0
Colo-Colo Colo-Colo

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Do UOL, em São Paulo

Muricy Ramalho colocou em campo diante do Corinthians a sexta escalação do São Paulo em seis jogos em 2015. Por um misto de opção tática, preservação de jogadores e oportunidade aos jovens, o treinador são-paulino não repetiu o time na temporada. Nesta quarta, uma equipe surpreendente, com algumas mudanças inéditas para o clássico, não deu certo: o time foi dominado e derrotado sem contestação em Itaquera.

Na estreia, defesa com Toloi e Edson Silva, Thiago Mendes no meio e Kardec e Luis Fabiano no ataque. Depois, Lucão ganhou lugar na defesa, Pato no ataque; Ganso voltou ao meio. No clássico com o Santos, chance para o garoto Ewandro. Contra o Bragantino, última partida, esquema com três zagueiros, estreia de Doria e Centurión, com o garoto Boschilia entre os titulares.

Diante do Corinthians, foram três mudanças inéditas: pela primeira vez no ano, Michel Bastos atuou na lateral esquerda; Doria, que só havia atuado com três zagueiros diante do Bragantino, jogou em uma formação com dois defensores. O meio com Denilson, Souza, Maicon e Ganso também apareceu pela primeira vez em 2015.

As surpresas vieram depois de uma semana repleta de mistérios: enquanto Tite revelou a escalação corintiana na terça, Muricy fechou os treinamentos, e deixou claro desde a semana passada que não revelaria a escalação. A estratégia não deu certo.

Um dos principais destaques do time na temporada, Michel Bastos não repetiu as boas atuações na lateral. Após o jogo, repetiu um discurso adotado já no começo do ano, de que rende mais no meio de campo. "Eu sei jogar, lógico, mas acho que hoje eu posso dar um pouco a mais em outra posição. Hoje o Muricy optou por isso para dar possibilidade a outro jogador, tentei dar meu máximo. A gente sempre quer jogar na nossa função", disse.

Dória também não foi bem, e vacilou em alguns lances. Na saída de campo, se irritou com perguntas sobre seu preparo físico. "Com certeza, estou preparado sim", disse, antes de deixar a zona mista.

O meio até trocou mais passes do que o Corinthians, mas, com dois centroavantes de pouca velocidade, Maicon e Ganso não encontraram espaço para enfiar as bolas. Cássio praticamente não trabalhou no Itaquerão.

Depois da partida, o próprio Muricy Ramalho reconheceu que as mudanças não surtiram efeito. "Quis liberar os dois laterais, os dois atacantes e o Ganso, mas não surtiu efeito. Não teve penetração, não teve jogada de fundo do campo. Para classificarmos na Libertadores, é muito pouco. Só com isso não tem condições".

O São Paulo volta a campo no sábado, diante do Audax, no Morumbi. Possivelmente, terá a sétima escalação da temporada. A missão, agora, é encontrar o time ideal antes de voltar a atuar pela Libertadores, diante do Danubio, na quarta-feira.
 

Fases do Jogo

  • 1º TempoUm minuto. Esse foi o tempo que o Atlético precisou para abrir o placar diante do Colo-Colo. Cazares recebeu de Patric, passou por um zagueiro e bateu com categoria, sem chances para o goleiro Justo Villar. E o que se viu a partir de então foi um festival de gols perdidos por parte do Atlético. Lucas Pratto, Marcos Rocha, Luan e Patric. Cada um deles teve uma boa chance de marcar, mas todos falharam na hora de finalizar. Algo suficiente para deixar a torcida presente no Independência um pouco apreensiva, já que a grande superioridade em campo não era transformada em gols. Mesmo sem o Colo-Colo conseguir criar, a preocupação era uma saída errada um numa bola rápida no contra-ataque. Porém, aos 45 minutos, Patric tratou de fazer o segundo gol do Atlético e aumentar o clima de tranquilidade no Horto.
  • 2º TempoSe no primeiro tempo o Colo-Colo praticamente não chegou, na segunda parte a equipe do Chile se abriu mais. Com um meia no lugar de um defensor, os visitantes criaram boas oportunidades, mas Giovanni foi bem. Foram duas tentativas de Delgado, uma de cabeça e outra cara a cara, mas o substituto de Victor mostrou que merece a confiança dos atleticanos. Se o Colo-Colo mudou a postura em campo, o Atlético continuou o mesmo. Criando e perdendo gols. A mais impressionante delas com Pratto, que recebeu de Patric e, mesmo sem goleiro, não conseguiu finalizar. Aos 27 minutos a torcida do Atlético comemorou duas vezes. Primeiro com Robinho, chamado por Aguirre para entrar e logo em seguida com o gol de Hyuri, para deixar a noite completa.

Destaques

  • Hora do protestoAntes de a bola rolar no Independência, parte da torcida do Atlético aproveitou para se manifestar contra o ex-presidente Lula. Aos gritos de "Ei Lula, vai ..." os atleticanos mostraram a insatisfação com atual cenário político no país. Pior até para o deputado estadual Rogério Correia, que estava com a camisa do Atlético e foi reconhecido por alguns torcedores no setor Especial Ismênia.O político mineiro foi bastante hostilizado.
  • Acordo desfeitoAtlético e Colo-Colo combinaram, ainda no Chile, a inversão dos uniformes para o jogo em Belo Horizonte. Portanto, o time mineiro atuaria de camisa listrada, calções e meias pretas, com a equipe chilena jogando toda de branco. Porém, o árbitro venezuelano Juan Soto achou por bem manter a combinação das três partidas anteriores entre Atlético e Colo-Colo, com a equipe brasileira toda de branco e os visitantes de preto.
  • Professor queridoDiego Aguirre parece ser querido pelos jogadores do Atlético. Pelo menos foi que passaram Patric e Hyuri nas comemorações dos respectivos gols. Ambos correram até o banco de reservas e abraçaram o treinador atleticano.
  • Cofres cheiosO triunfo por 3 a 0 sobre o Colo-Colo entra para o Top-5 das rendas no Estádio Independência. Com 21.201 pagantes e arrecadação de R$ 1.704.100,00, a partida contra os chilenos se torna a quarta maior bilheteira do no Atlético no Horto. Atrás somente da final da Copa do Brasil (Cruzeiro) e da semifinal e quartas de final da Libertadores de 2013.

Melhores

  • Cazares, Atlético-MGO camisa 11 fez sua grande partida pelo Atlético. Até então sem gols ou assistências, Cazares precisou de apenas um minuto para abrir o placar e conduzir o time à terceira vitória na Libertadores. O meia criou inúmeras chances não aproveitadas pelos companheiros.
  • Giovanni, Atlético-MGO goleiro reserva do Atlético recebeu uma dura missão. Substituir Victor em jogo de Libertadores, o goleiro Santo para a torcida atleticana. E o camisa 12 deu conta do recado. Quando exigido, no segundo tempo, fez duas ótimas defesas.

Piores

  • Jaime Valdés , Colo-ColoPrincipal criador de jogadas do Colo-Colo e responsável pela armação da equipe, Valdés era dúvida antes do jogo e foi bem durante os 45 minutos que esteve em campo.

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  1. Atlético-MG CAM
    Athletico CAP

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