Sábado 16/04/2016 - 16:20

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Do UOL, em São Paulo

Muricy Ramalho colocou em campo diante do Corinthians a sexta escalação do São Paulo em seis jogos em 2015. Por um misto de opção tática, preservação de jogadores e oportunidade aos jovens, o treinador são-paulino não repetiu o time na temporada. Nesta quarta, uma equipe surpreendente, com algumas mudanças inéditas para o clássico, não deu certo: o time foi dominado e derrotado sem contestação em Itaquera.

Na estreia, defesa com Toloi e Edson Silva, Thiago Mendes no meio e Kardec e Luis Fabiano no ataque. Depois, Lucão ganhou lugar na defesa, Pato no ataque; Ganso voltou ao meio. No clássico com o Santos, chance para o garoto Ewandro. Contra o Bragantino, última partida, esquema com três zagueiros, estreia de Doria e Centurión, com o garoto Boschilia entre os titulares.

Diante do Corinthians, foram três mudanças inéditas: pela primeira vez no ano, Michel Bastos atuou na lateral esquerda; Doria, que só havia atuado com três zagueiros diante do Bragantino, jogou em uma formação com dois defensores. O meio com Denilson, Souza, Maicon e Ganso também apareceu pela primeira vez em 2015.

As surpresas vieram depois de uma semana repleta de mistérios: enquanto Tite revelou a escalação corintiana na terça, Muricy fechou os treinamentos, e deixou claro desde a semana passada que não revelaria a escalação. A estratégia não deu certo.

Um dos principais destaques do time na temporada, Michel Bastos não repetiu as boas atuações na lateral. Após o jogo, repetiu um discurso adotado já no começo do ano, de que rende mais no meio de campo. "Eu sei jogar, lógico, mas acho que hoje eu posso dar um pouco a mais em outra posição. Hoje o Muricy optou por isso para dar possibilidade a outro jogador, tentei dar meu máximo. A gente sempre quer jogar na nossa função", disse.

Dória também não foi bem, e vacilou em alguns lances. Na saída de campo, se irritou com perguntas sobre seu preparo físico. "Com certeza, estou preparado sim", disse, antes de deixar a zona mista.

O meio até trocou mais passes do que o Corinthians, mas, com dois centroavantes de pouca velocidade, Maicon e Ganso não encontraram espaço para enfiar as bolas. Cássio praticamente não trabalhou no Itaquerão.

Depois da partida, o próprio Muricy Ramalho reconheceu que as mudanças não surtiram efeito. "Quis liberar os dois laterais, os dois atacantes e o Ganso, mas não surtiu efeito. Não teve penetração, não teve jogada de fundo do campo. Para classificarmos na Libertadores, é muito pouco. Só com isso não tem condições".

O São Paulo volta a campo no sábado, diante do Audax, no Morumbi. Possivelmente, terá a sétima escalação da temporada. A missão, agora, é encontrar o time ideal antes de voltar a atuar pela Libertadores, diante do Danubio, na quarta-feira.
 

Fases do jogo

  • Primeiro tempoMarcação forte, alguma dose de catimba e poucas chances de gol. Inter e São José-POA fecharam os primeiros 45 minutos da semifinal em um jogo amarrado. Os donos da casa penaram para criar, com erros individuais e desencaixe coletivo para atacar. Os visitantes se mostraram aplicação invejável na marcação. Rafinha, em chute cruzado para fora, e Fernando Bob, cabeceando ao lado do gol após falta da esquerda, foram os melhores registros.
  • Segundo tempoMais ofensivo, o Inter mostrou evolução no quesito criação. Tentou infiltrações e chutes de fora da área com maior frequência. A saída de Aylon para entrada de Alisson Farias deixou o time mais agudo, contudo sem conseguir acertar no alvo. O São José até teve espaço para invadir a área, porém pecou na hora de terminar a jogada.

Destaques

  • William Com efeito suspensivo caçado pelo STJD, o Inter não pôde escalar William e isso gerou efeito no jogo. Fabinho foi deslocado para lateral direita e Anderson virou volante. Com essa escalação, o Colorado não conseguiu criar. A transição lenta e marcação forte do São José-POA fizeram o Colorado ser praticamente nulo ofensivamente.
  • Dia ruimAlém do desfalque de última hora, da marcação quase impecável do adversário, o Inter também sofreu com atuações fracas. Com as linhas distantes, nomes como Andrigo, Sasha e Aylon foram improdutivos. Vitinho se destacou por conseguir mobilidade maior e tentar finalizações de longe. E só.
  • Ex Jô, que passou pelo Inter em 2011, deu dor de cabeça para o time de Argel. Com arrancadas, dribles e até faltas (algumas cavadas, outras sofridas). Foi ele o principal nome do São José-POA no aspecto ofensivo.

Melhores

  • Fábio, São José-RSGoleiro não teve trabalho com bola rolando e no pênalti, conseguiu interceptar cobrança de Sasha com os pés. Garantindo empate fora de casa.

Piores

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