Morto muito louco e 'cheque calção': causos do irreverente lateral do Vasco

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Bruno Braz / UOL Esporte

    Lateral direito Madson foi um dos destaques do Vasco no título carioca de 2015

    Lateral direito Madson foi um dos destaques do Vasco no título carioca de 2015

Com a mesma facilidade que chega à linha de fundo, o lateral direito Madson conta boas histórias. Destaque do Vasco no título carioca, o jovem, de 23 anos, costuma ser a atração do grupo em treinos e concentrações, revelando pitorescos causos com seu inconfundível sotaque baiano.

Natural da Ilha de Itaparica (BA), ele já levou o elenco cruzmaltino às gargalhadas algumas vezes com contos da Boa Terra que incluem uma confusão hilária com um corretor de imóveis e até um "misterioso caso" envolvendo "um morto muito louco".

No problema imobiliário, revelado pelo lateral esquerdo Christiano num programa da TV Globo, o próprio Madson foi protagonista. Ainda inexperiente em negociações neste ramo, o jogador passou por uma situação para lá de constrangedora que o fez confundir um cheque-caução com um short do Bahia, clube que defendeu desde a adolescência e onde foi revelado.

"Pois é, rapaz. Os meninos gostam de brincar comigo, me zoar. Aconteceu. Eu tinha 18 para 19 anos. Fui alugar um apartamento, aí o corretor perguntou: 'fiador ou caução?'. Eu não sabia o que era fiador, ele sabia que eu jogava no Bahia, e então eu falei: 'Calção, depois trago o calção aí', pensando que era um short. Mas ainda bem que não cheguei a levar o short do Bahia. Antes de levar, descobri o que era e acabei não fechando o contrato. O rapaz ficou 'P da vida' comigo, mas acontece. É bom que aprendi e não erro mais isso (risos)", se diverte.

Outra história que é garantia de sucesso nas rodas de conversa do Vasco envolve um "misterioso assassinato" em Itacaré, cidade do interior baiano.

"Essa história é de um jogador que tinha lá no Bahia que contava muita mentira. Ele disse que em Itacaré a micareta dá tanta gente, mas tanta gente, que um dia um cara tomou uma facada, morreu, e ficou três dias em pé, se debatendo nos outros, sem cair no chão (risos). Aí eu conto isso para os caras, eles se acabam de rir. Ele é um jogador folclórico e muito engraçado (risos)", diz, se referindo ao atacante que leva o mesmo nome da cidade e que hoje defende o Serrano (BA).

Como um bom baiano, Madson curte axé music, mas apesar de admirar os "pops" Chiclete com Banana, Asa de Águia, Ivete Sangalo e Cláudia Leitte, prefere um ritmo com mais malemolência, tal qual seu futebol.

"Estes são os ícones da Bahia, mas gosto mais do que chamam lá de 'pagodão', que é o Léo Santana, a banda Psirico... Gosto mais deles", ressalta.

Querido pelos companheiros do Cruzmaltino, o lateral direito nem sempre é o protagonista nos momentos de descontração do grupo. Por vezes, se torna vítima, como aconteceu quando ganhou o apelido de "Canelinha", fruto de seu biótipo franzino.

"Futebol é resenha (expressão utilizada pelos boleiros que significa bate-papo ou brincadeiras). Se você ficar chateado com os apelidos, aí que eles te matam na resenha. Então tem que administrar, dar risada, botar apelido no outro e tal, e aí vai administrando", se diverte.

Elogiado pelas boas atuações apresentadas na temporada, Madson se mostra focado e faz questão de ressaltar que quer mais:

"Esta oportunidade de ser contratado por um clube grande acontece na vida uma, duas ou três vezes no máximo. Estou encarando como a oportunidade da minha vida, então estou sempre me dedicando e dando o máximo nos treinos para estar bem e ajudando a equipe. Estou vivendo uma boa fase, mas não quero parar por aqui, quero continuar evoluindo".

Madson tem contrato de três anos com o Vasco. Ele será titular nesta quarta-feira, contra o Cuiabá, às 22h, na Arena Pantanal, pelo primeiro jogo da segunda fase da Copa do Brasil. O atacante Dagoberto será o único titular poupado. O meia Marcinho entra em sua vaga.
 

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