Não é só o Ronaldo. Eles anunciaram aposentadoria, depois voltaram atrás

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Em 2011, o atacante Ronaldo anunciou sua aposentadoria após ser eliminado com o Corinthians da pré-Libertadores. Quatro anos depois, ele pode voltar aos gramados. Novo sócio do Strikers, time da Flórida, ele afirmou em janeiro de 2015 que pode jogar algumas partidas pela equipe norte-americana para alavancar a visibilidade do clube
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Mas Ronaldo não é o único esportista a abandonar a aposentadoria. Na Fórmula 1, o alemão Michael Schumacher despediu-se das pistas em 2006, com sete títulos mundiais na bagagem. Em 2009, porém, resolveu voltar a correr para impulsionar a Mercedes, mas a empreitada não deu certo e ele encerrou a carreira definitivamente em 2012.
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O "bate-volta" de Michael Schumacher não foi o primeiro da Fórmula 1. Bem antes, em 1990, Nigel Mansell declarou publicamente que estava abandonando a modalidade quando ainda corria pela Ferrari. A aposentadoria, porém, durou pouco, e meses depois, o inglês fechou contrato com a Williams, pela qual seria campeão mundial em 92
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Voltar da aposentadoria e ser bem sucedido não foi mérito exclusivo de Nigel Mansell. No tênis, Kim Clijsters, que já tinha vencido diversos Grand Slams e liderado o ranking mundial, anunciou aposentadoria precoce aos 24 anos, em 2007, devido a uma série de lesões e ao desejo de ser mãe. A belga de fato ampliou a família, mas sentiu saudade das quadras e voltou em 2009. De maneira inesperada, em seu primeiro Major, ganhou o título do Aberto dos EUA e, menos de dois anos depois, já era a número 1 do mundo novamente. Encerrou definitivamente a carreira em 2012
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Belga como Kim Clijsters e praticante do mesmo esporte, Justine Henin teve caminho muito semelhante ao da compatriota. A tenista era número 1 do mundo quando, de repente, às vésperas do torneio de Roland Garros de 2008, anunciou aposentadoria, surpreendendo a todos. Pouco mais de um ano depois, resolveu voltar a jogar, mas diferentemente de Clijsters, seu retorno não foi tão bem sucedido e durou apenas uma temporada
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Os casos de Kim Clijsters e Justinen Henin não são os únicos do tênis. Bem antes delas, Bjorn Borg fez algo semelhante. Um fenômeno das quadras, com direito a ganhar cinco títulos em Wimbledon e seis em Roland Garros, o sueco encerrou a carreira muito jovem, aos 26 anos, no início dos anos 1980. Na década seguinte, tentou voltar a jogar, mas o prodígio ficou apenas na lembrança dos fãs. Perdendo praticamente todos os jogos que disputou no retorno, resolveu se aposentar de vez
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Outra tenista que não aguentou ficar longe das quadras foi Martina Hingis, um dos fenômenos do tênis feminino. Saindo da adolescência, ela conquistou diversos Grand Slams e ficou com a liderança do ranking mundial, mas foi outra a se aposentar precocemente, aos 22 anos, em 2002, por problemas físicos. Em 2005, voltou a jogar, mas novamente abandonou as quadras em 2007, dessa vez em circunstâncias suspeitas - havia caído em um exame antidoping, mas sempre negou. Hingis voltou a jogar em 2013 novamente, e agora atua basicamente em torneios de duplas
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Embora hoje se saiba que sua carreira esportiva foi uma completa farsa controlada por doping, Lance Armstrong foi, por praticamente duas décadas, um fenômeno mundial. Aposentado precocemente em 1996 devido a um câncer nos testículos, voltou a competir de maneira avassaladora em 1999, vencendo sete títulos consecutivos da Volta da França. Tornou a encerrar a carreira em 2006, se dedicando ao atletismo e ao triatlo, mas retornou ao ciclismo em 2011. Durou apenas um ano. Em 2012, Lance Armstrong admitiu todas as acusações de doping que pesavam contra ele e perdeu todos seus títulos conquistados desde 1998, incluindo uma medalha olímpica
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Multicampeão olímpico, Ian Thorpe foi um fenômeno das piscinas e se aposentou com apenas 24 anos, motivado por resultados ruins e problemas pessoais. O australiano voltou a treinar e competir para tentar disputar a Olimpíada de Londres-2012, mas seu retorno foi um fracasso e ele encerrou definitivamente a carreira. O abandono do esporte foi sucedido por problemas sérios de depressão e alcoolismo
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Ian Thorpe não foi o único a tentar voltar às piscinas. Mark Spitz, grande fenômeno da natação e dos Jogos Olímpicos até o aparecimento de Michael Phelps, já havia feito isso. Após triunfar na Olimpíada de Munique, em 1972, o americano se aposentou com apenas 22 anos. Exatos 20 anos depois, foi convidado a voltar a competir para tentar alcançar o índice para os Jogos de Barcelona-1992. Com mais de 40 anos, não conseguiu e enfim encerrou a carreira
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Maior recordista de medalhas da história dos Jogos Olímpicos, tendo justamente batido uma marca de Mark Spitz, Michael Phelps também resolveu abandonar a aposentadoria, mas não tanto tempo depois como o compatriota. Após participação brilhante nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, Phelps anunciou o fim da carreira, mas logo voltou atrás. Em 2014, retornou aos treinos e competições visando à Olimpíada do Rio de Janeiro-2016
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Por falar em fenômeno dos esportes olímpicos, aqui está Michael Jordan. Líder do Dream Team dos EUA em Barcelona-1992 e considerado o maior jogador de basquete de todos os tempos, Jordan anunciou sua primeira aposentadoria em 1993, alegando falta de motivação. Resolveu se aventurar no beisebol, até que voltou para as quadras em 1996. Três anos depois, o americano novamente encerrou a carreira outra vez
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Michael Jordan não foi o único "rei" do esporte a ter duas aposentadorias. O mesmo aconteceu com Pelé. Após encerrar a brilhante carreira no Santos em 1974, aceitou o desafio de voltar a jogar menos de um ano depois pelo Cosmos, para ajudar a impulsionar o futebol nos Estados Unidos. Ficou dois anos no time americano até se aposentar em definitivo
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O Cosmos se especializou em tirar jogadores renomados da aposentadoria. Depois de fazer isso com o brasileiro Pelé e o holandês Cruyff, ambos na década de 1970, o time americano repetiu a dose em 2014, ao anunciar a contratação do espanhol Raúl. O ídolo do Real Madrid havia acabado de anunciar sua aposentadoria quando encerrou seu contrato com um time do Qatar, mas resolveu aceitar a proposta do Cosmos
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Quem também nem conseguiu sentir o gostinho da aposentadoria foi Rogério Ceni. Apesar de iniciar 2014 avisando que seria sua última temporada no futebol, e de repetir isso diversas vezes ao longo da temporada, o goleiro mudou de ideia no final do ano, quando o São Paulo se classificou para a Libertadores 2015. Agora, ele diz que encerrará a carreira após o torneio continental
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Tido certa vez como um dos melhores atacantes do mundo, Adriano se envolveu em problemas particulares ao longo da carreira e, em 2012, após uma passagem frustrada pelo Flamengo, anunciou que daria um tempo no futebol para ficar com a família e os amigos. Àquela altura, já era considerado um ex-jogador, dado seu desempenho nos últimos três clubes pelos quais passou (Roma, Corinthians e Flamengo). Em 2014, Adriano voltou a jogar, pelo Atlético-PR, mas novamente decepcionou nos campos. Prestes a completar um ano longe dos gramados, ele agora negocia com o Le Havre, da segunda divisão francesa, para tentar novamente voltar a jogar em alto nível
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No vôlei, Fernanda Venturini atendeu a um pedido do marido e técnico, Bernardinho, para retornar às quadras após quatro anos de aposentadoria. Em 2011, com a saída de Dani Lins da Unilever e sem muitas levantadoras disponíveis no mercado, Bernardinho pediu que Venturini voltasse a jogar. Ela atendeu ao pedido e retornou em altíssimo nível, demonstrando o mesmo talento e até forma física de antes. Sua volta às quadras durou um ano
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No boxe, as idas e vindas de aposentadoria são comuns. O caso mais emblemático foi o de George Foreman. Campeão mundial em 1973, o norte-americano se despediu dos ringues em 1974, após a lendária luta contra Muhammad Ali, quando perdeu o cinturão. Voltou ao boxe dois anos depois, mas tornou a se aposentar logo. Seu último retorno foi já na década de 1990, dessa vez para conseguir um recorde: vencer Michael Moorer e se tornar, aos 45 anos, o campeão mundial mais velho entre os pesos-pesados. Em seguida, pendurou definitivamente as luvas
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Evander Holyfield tentou fazer o mesmo caminho de George Foreman. Com inúmeros títulos no boxe, tanto amador quanto profissional, encerrou a carreira no final dos anos 1990, com cinco cinturões dos pesos pesados. Mas em 2008, aos 46 anos, resolveu voltar aos ringues para bater a marca de Foreman, de campeão mais velho da categoria. Não conseguiu. Perdeu a luta para o russo Nikolai Valuev e abandonou finalmente o esporte
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Após ser campeão de praticamente tudo com o Flamengo ao longo de uma década, Zico, considerado por muitos o maior ídolo da história do clube, anunciou sua aposentadoria em 1989, aos 36 anos. Em 1991, porém, resolveu aceitar o desafio de jogar no Japão, onde teve participação fundamental para o desenvolvimento do esporte no país. Zico jogou no Kashima Antlers durante quase três anos, até encerrar definitivamente a carreira de jogador