Violência mostra que o futebol já não vale tanto a pena Guga Matos/ Jc Imagens/ Estadão Conteúdo O feriado prolongado ficou marcado pela violência nos estádios. Na sexta-feira (2), um torcedor do Sport morreu do lado de fora do estádio Arruda. Detalhe: o jogo era entre Santa Cruz e Paraná, pela Série B. Paulo Gomes Ricardo da Silva já tinha saído da arena quando um vaso sanitário foi atirado de lá de dentro e o acertou em cheio. O Santa, mandante do jogo, já foi punido com dois jogos com portões fechados, e agora uma recompensa em dinheiro está sendo oferecida para quem encontrar o responsável pelo arremesso do objeto. Até a presidente Dilma Rousseff se manifestou, pedindo a instalação de delegacias dentro dos estádios. Mais Nadjara Martins/Tribuna do Norte No sábado (3), na Arena das Dunas, ABC e América-RN fizeram o último evento-teste do estádio para o Mundial. Lá dentro, tudo correu como o esperado. Mas do lado de fora, 44 torcedores se envolveram em confusão, brigando entre si e com a polícia, e acabaram detidos. Mais EFE/EPA/MASSIMO PERCOSSI As brigas entre torcidas não se restringiram ao Brasil neste feriado prolongado. Muito pelo contrário. No sábado (3), a final da Copa da Itália entre Napoli e Fiorentina teve seu início atrasado em 45 minutos em razão de um conflito do lado de fora do estádio em Roma. Lá dentro, a confusão continuou com o disparo de vários sinalizadores. Quatro pessoas acabaram feridas. Mais AP Photo/InTime Sports Parecia replay, mas não era. Assim como aconteceu no sábado, na Itália, no domingo (4), na Grécia, um clássico local foi retardado em 26 minutos por causa dos ânimos exaltados das torcidas de Panathinaikos e PAOK. Sinalizadores, bombas e até cadeiras do estádio foram atirados de uma arquibancada para outra, e a partida só pôde começar depois que representantes dos dois times pediram o fim do terror aos torcedores. Mais AP Photo/Alberto Saiz E não foram só brigas que mancharam o futebol nos últimos dias. No domingo, um novo caso de racismo veio à tona na Espanha, desta vez durante o jogo entre Levante e Atlético de Madri. Ao final da partida, Diop, jogador do Levante, dançou em frente à torcida adversária e causou a revolta de alguns atletas do Atlético. Depois, ele explicou que a provocação foi, na verdade, uma resposta a insultos racistas que ele ouviu direto das arquibancadas. Mais Reprodução/TV Ruptly Na quinta-feira (1º), um novo capítulo do episódio de racismo protagonizado por Daniel Alves aconteceu na Espanha. Amigos e familiares de David Campayo Leo saíram às ruas de Villarreal para apoiar o torcedor, que atirou uma banana em campo, próxima a Daniel, no jogo do Barcelona contra o time local. O grupo culpou a mídia pela repercussão negativa do caso. Mais