Bellini, capitão da seleção na Copa de 1958

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O ex-jogador da seleção brasileira Bellini morreu aos 83 anos no dia 20/03/2014, em decorrência de complicações causadas por parada cardíaca. Zagueiro da seleção em 1958, ele imortalizou o gesto de levantar a taça. Bellini também foi campeão do Mundial de 1962, no Chile. Nascido em Itapira, ele foi importante para a história de Vasco e São Paulo. Mais
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Bellini repete, em 2008, o gesto que marcou a conquista da seleção brasileira na Copa de 1958. Ele foi o primeiro atleta do mundo a levantar a taça sobre a cabeça. Fez escola no planeta. Hoje, qualquer garotinho, em torneio de escola, faz o mesmo Mais
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O evento em que ele repetiu o gesto foi em 2008, em Brasília. A recepção, que incluiu o então presidente Lula, reuniu atletas que participaram do torneio na Suécia. Naquela época, Bellini já apresentava sinais de Mal de Alzheimer, doença que o afastou do convívio público Mais
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Uma das maiores homenagens que o ex-capitão recebeu está no Maracanã. O maior estádio do país tem uma estátua do jogador em sua entrada principal. Sempre que é feita a divisão do estádio para jogos importantes, uma das torcidas sempre usa "a entrada do Bellini". A praça é usada, inclusive, em todos os protestos ao redor do estádio Mais
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Campeões de mundiais de 1958, Bellini, Gylmar e Pelé conversam na tribuna de honra do Ginásio do Ibirapuera em 1995. Depois da aposentadoria, o jogador se afastou dos holofotes: "Educado, fino, o grande Bellini não dava bola para os cartolas, principalmente para os da CBF. Nunca se sujeitou 'às falsas homenagens que só são feitas aos ex-craques às portas dos mundiais', sempre enfatizou", diz trecho da biografia do ex-zagueiro no site Terceiro Tempo, de Milton Neves Mais
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Mesmo assim, ele chegou a participar de eventos em homenagem aos campeões do mundo. Em 1984, o então governador de São Paulo, André Franco Montoro, recepcionou os três jogadores que levantaram a taça do mundo pelo Brasil, em 58, 62 e 70: Bellini, Mauro e Carlos Alberto Mais
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O trio, inclusive, deu uma volta no Pacaembu com uma réplica da Taça Jules Rimet Mais
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Seu primeiro grande clube foi o Vasco, que defendeu entre 1952 e 1963. Pelo time cruzmaltino,Bellini ganhou o Super-Supercampeonato Carioca de 1958, "naquele fantástico time cruzmaltino que tinha Miguel, Paulinho de Almeida, Orlando Peçanha, Coronel, Écio, Sabará, Pinga, Roberto Pinto, Vavá, dentre outros". Mais
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Depois, Bellini foi para o São Paulo, clube que defendeu de 1963 a 1968. Chegou ao time para substituir Mauro, um de seus melhores amigos, que deixou uma lacuna no miolo de zaga da equipe tricolor. Na foto, ele participa de um clássico contra o Corinthians em 1965 Mais
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Quando chegou ao clube do Morumbi, ele recebeu a camisa 3, que era de seu amigo Mauro Mais
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Como na seleção, ele foi o capitão do São Paulo nos seis anos em que defendeu o clube Mais
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Após o São Paulo, ele chegou a jogar no Atlético-PR por uma temporada, antes de se aposentar Mais
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Pela seleção, a história de Bellini também se confunde com a de Mauro. Os dois disputavam a mesma vaga no time titular, mas eram muito amigos Mais
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Segundo Milton Neves, "Bellini sempre viu em Mauro um irmão, nunca um rival da camisa 3 da seleção brasileira". Tanto que um levantou a taça em 1958 e o outro, em 1962 Mais
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Bellini na seleção, em 1958. Antes do Mundial, pouca gente apostava no então jogador do Vasco como titular Mais
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Mesmo assim, ele foi o escolhido para ocupar a posição e ainda foi o capitão do time. Segundo Juca Kfouri, todos apostavam em Mauro Ramos de Oliveira que defendia o São Paulo, time do técnico da CBD, Vicente Feola, e do comandante daquela epopeia, o empresário Paulo Machado de Carvalho Mais
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Vigoroso como zagueiro, apesar de não brincar em serviço, se destacava pela lealdade dentro de campo... Mais
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...e pela elegância fora dele Mais
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Bellini participa de almoço aos campeões da Copa de 1958. À mesa, dentre outros, Paulo Machado de Carvalho, Alfredo Trindade, Vicente Feola, Bellini, deputado Rogê Ferreira Mais
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Em 1959, Bellini já era uma estrela. Após imortalizar o gesto de levantar a taça, inventado para que todos os fotógrafos tivessem visão da taça de campeão, ele era um dos preferidos dos fãs, como nessa foto, antes de embarcar para a Argentina com a delegação da seleção brasileira Mais
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Na volta da viagem, ele dá entrevista, como líder do time Mais
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Em 1960, ele seguia como um dos ícones da equipe. Em 1962, porém, ele perdeu a posição para Mauro Ramos. Nada que abalasse a amizade da dupla Mais
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Na foto, de 1962, uma cena inusitada: Bellini junto a Amarildo, caído, na preparação para a Copa. O atacante, porém, foi um dos destaques do Mundial Mais
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Mesmo com Gylmar e Pelé ao fundo, Bellini e Airton entram na frente em campo em 1962 Mais
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Bellini ganhou duas Copas do Mundo. A de 1958, como titular, e a de 1062, reserva da zaga. Na foto, a chegada da seleção brasileira após a Copa de 1962. Zagallo, Bellini e Mauro encabeçam jogadores no carro de bombeiros Mais
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Seleção brasileira desfila em carro de bombeiros ao voltar para o Brasil com a taça da Copa do Mundo de 1962 Mais
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Bellini e Gylmar no carro de bombeiros, comemorando o título da Copa do Mundo de 1962. O zagueiro também foi para a Copa de 1966 Mais
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Bellini terminou sua carreira na seleção com participação em três Copas, dois títulos e uma delas como capitão. Mais