Alexandre Danielli, presidente do Joaçaba-SC, esteve na Guerra do Afeganistão

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Alexandre Danielli, 30, trocou o interior de Santa Catarina pelos Estados Unidos em 2003.
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Ele fez um jantar entre amigos para arrecadar dinheiro para a viagem. Conseguiu bancar a passagem e ainda levou US$ 200.
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Nos Estados Unidos, Danielli trabalhou na construção civil e como faxineiro até decidir estudar inglês.
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Quando estava mais fluente no idioma, o brasileiro conseguiu emprego em uma churrascaria brasileira em Seattle.
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Na churrascaria, Danielli começou a namorar uma das garçonetes. Os dois se casaram e tiveram um filho, Justus, que hoje tem sete anos.
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Com situação regularizada para trabalhar nos Estados Unidos, inglês fluente e um diploma de administração obtido no país, o brasileiro começou a trabalhar no departamento de marketing da Chrysler.
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Em 2007, o chefe de Danielli falou ao departamento sobre a crise que assolava a empresa. E o brasileiro, que estava no limite da idade para alistamento militar nos Estados Unidos, achou que uma experiência nessa seara podia ser importante para recolocação.
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Danielli decidiu se alistar nos fuzileiros navais. Ele precisou passar por uma seleção baseada em histórico, prova teórica de 800 questões e um exigente teste físico.
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Aprovado, o brasileiro começou a conhecer a dura rotina dos fuzileiros navais dos Estados Unidos. "Durante o primeiro mês, tudo que eles faziam era nos humilhar", relatou Danielli. Um dos companheiros do brasileiro não aguentou o tranco e se suicidou.
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Depois de três meses e meio de treino, Danielli foi para uma base da Califórnia. Passou sete meses até ser deslocado para San Diego, também na Califórnia.
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Em San Diego, Danielli conheceu um tenente-coronel que indicou o brasileiro para um grupo de diplomatas militares. Ele foi conduzido a essa área porque falava português, inglês, espanhol e italiano.
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Com os diplomatas militares, Danielli fez um ano de preparação e foi enviado para oito meses de missão no Afeganistão. O trabalho dele foi focado em um Estado no sul do país.
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No Afeganistão, Danielli participou de conflitos armados. O brasileiro perdeu dois conhecidos durante o período no país.
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O brasileiro voltou aos Estados Unidos em março de 2011. Danielli perdeu 50% da audição do ouvido direito e teve fraturas nas costelas e no pé. Ele precisou passar por quatro meses de tratamento psicológico.
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Até hoje, Danielli lida com as consequências do período no Afeganistão. A experiência de guerra deixou insônia e crises de ansiedade. O brasileiro dorme um máximo de quatro horas por noite e ainda tem pesadelos.
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"As perguntas que mais me fazem são quantas pessoas eu matei e como era a vida no Afeganistão", contou Danielli.
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O brasileiro deixou o serviço militar em outubro de 2012. Em dezembro, decidiu voltar a viver no país em que nasceu.
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Danielli assumiu a madeireira da família em Joaçaba-SC. Hoje, o foco da empresa é exportação de material para os Estados Unidos.
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Danielli também dá palestras sobre o que aconteceu na guerra e faz consultorias para empresas brasileiras interessadas em exportar para o país.
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"O fato de ser um veterano de guerra abre todas as portas possíveis. Até hoje, quando eu vou aos Estados Unidos e sento para tomar um café, alguém vê o corte de cabelo, pergunta se eu fui do exército e paga o meu café quando ouve minha história", relatou o brasileiro.
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Em maio de 2013, Danielli também decidiu fazer uma incursão em gestão do esporte. Ele liderou uma chapa única e assumiu a presidência do Joaçaba, time que havia encerrado atividades em 2011.
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Agora, Danielli tenta aproveitar a experiência de gestão adquirida na empresa, na faculdade de administração e em jogos de videogame. O objetivo é colocar o Joaçaba na terceira divisão do Campeonato Catarinense, que será realizada no segundo semestre de 2014. "Como o esporte na região é bem desacreditado, a guerra agora é ficar lutando por patrocínio", disse o brasileiro.