Dois meses sem Engenhão

Crédito: EFE/Marcelo Sayão
Prefeitura do Rio recebeu laudo da empresa alemã SBP que aconselhou a interdição imediata do Engenhão por causa de problemas na cobertura. Clube administrador do estádio, o Botafogo só soube da notícia no mesmo dia em que a arena fechou as portas. Mais
Fernando Maia/UOL
No fim do dia, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, se reuniu com presidentes dos grandes clubes e evitou dar um prazo para a reabertura do estádio. "Só vou desinterditar o Engenhão quando surgir uma solução definitiva para o problema", disse. Mais
Bernardo Gentile/UOL Esporte
Com exceção do Vasco, os clubes cariocas ficaram sem casa com a interdição do Engenhão. Uma solução pensada por Botafogo, Flamengo e Fluminense foi mandar alguns de seus jogos em praças fora do Rio de Janeiro, mas a Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro) vetou a iniciativa. Mais
Júlio Cesar Guimarães/UOL
Mais do que perder sua casa, o Botafogo passou acumular problemas financeiros e iniciou uma caça aos responsáveis pelo prejuízo. Com o Engenhão interditado, o clube alvinegro deixou de lucrar e ainda teve que continuar a fazer manutenção, que custa cerca de R$ 400 mil mensais. Mais
Luciana Whitaker/Folhapress
Com a interdição do Engenhão, o estádio Raulino de Oliveira foi escolhida pela Ferj para sediar os clássicos da fase final do Campeonato Carioca. A opção foi uma decisão da Federação do Rio, que descartou jogos fora do Estado. Mais
Júlio Cesar Guimarães/UOL
Um dia após a interdição do Engenhão, o Botafogo recebeu mais uma ducha de água fria. A Prefeitura pediu dois meses para estudar os problemas do estádio para só depois iniciar as obras. O prazo não agradou ao Alvinegro, que nada pôde fazer. Além disso, o laudo da empresa alemã SBP, responsável pela interdição da arena, apontava o risco de desabamento da cobertura em caso de vento superior a 63km/h. Mais
Alexandre Vidal/Fla Imagem
O Vasco aproveitou a interdição do Engenhão para tentar tornar São Januário apto a receber clássicos. O Botafogo se recusou a jogar com apenas 10% da carga de ingressos para sua torcida e disse que foi retaliado por isso. Os presidentes dos clubes marcaram uma reunião para selar a paz, mas até agora nada foi resolvido. Mais
Júlio Cesar Guimarães/UOL
O clube estava em fase final de negociação com uma empresa pelos naming rights (cessão do nome) do Engenhão no valor de R$ 30 milhões por ano. "É um momento muito delicado, mas vamos superar. Já estávamos conversando com um empresa há mais de seis meses sobre o naming rights do Engenhão", disse o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção. Mais
Marcelo Sadio/Site Oficial do Vasco
O Vasco não conseguiu jogar contra o Botafogo pelo Estadual em São Januário, mas a disputa de clássicos no seu estádio foi garantida pela Polícia Militar para o Campeonato Brasileiro. Nesses confrontos, os visitantes terão direito a apenas 10% da carga de ingresso e não 50% como ocorria no Engenhão. Mais
Bernardo Gentile/UOL Esporte
A interdição do Engenhão mudou a rotina do Botafogo nos primeiros dias e o time passou a treinar em General Severiano. Porém, o clube conseguiu liberar a utilização do campo anexo do estádio e normalizou o dia a dia alvinegro. O gramado principal permanece sem possibilidade de uso. Mais
Folhapress
Com custo de R$ 380 milhões, o Engenhão foi a principal obra feita para os Jogos Pan-Americanos de 2007. Sua interdição representou uma redução ainda maior no legado deixado pela competição realizado na cidade do Rio em seis anos. Mais
Júlio Cesar Guimarães/UOL
Após acumular prejuízos com a interdição do Engenhão, o Botafogo aliviou sua situação financeira com a redução das penhoras da Receita Federal nas cotas de televisão de 100% para 5%. Com a verba, o Alvinegro conseguiu pagar parte dos salários atrasados. Mais
Divulgação/Botafogo
O Botafogo também entrou na onda do "Harlem Shake". O vídeo chamou atenção por ter sido feito no gramado do Engenhão e brincando com o fato da interdição do estádio. Os jogadores se fantasiaram de pedreiros e fizeram a festa. Estrela do time, Seedorf não participou. Mais
Eduardo Knapp/Folhapress
O tempo indeterminado para a reabertura do Engenhão fez com que uma corrente política do Botafogo, liderada pelo ex-presidente Carlos Augusto Montenegro, defendesse a devolução do estádio para a Prefeitura. O presidente Maurício Assumpção, porém, descartou a opção. Mais
Hélio Motta/UOL
Desde a interdição do Engenhão, o Botafogo deixou claro que teria que ser ressarcido pelo tempo sem uso do estádio. O clube, no entanto, ainda procura os culpados. Enquanto isso, a Prefeitura estuda indenizar o Alvinegro, mas deixa claro que a verba não sairá dos cofres da cidade do Rio. Mais
Pedro Ponzoni/UOL Esporte
A relação de Botafogo e Prefeitura do Rio é boa, mas o clube já sinalizou que processará a cidade por conta dos prejuízos gerados com a interdição do Engenhão. Além disso, o presidente Maurício Assumpção afirmou que o estádio será reaberto ainda em 2013 para a disputa do Brasileiro. Mais
Bernardo Gentile/UOL Esporte
Cansado das críticas à qualidade do gramado, o Botafogo usou a parceira com a Ambev para trazer da Holanda uma máquina de iluminação artificial que força a fotossíntese na grama. O instrumento custou R$ 1,5 milhão e foi 'aposentado' com a interdição do Engenhão, já que deixou de ter utilidade. Mais
Vinicius Castro/UOL
Fernanda Maia passou de gandula à musa na final da Taça Rio de 2012, após ajudar o Botafogo contra o Vasco. Com a interdição do Engenhão, a bela ficou sem casa, mas recebeu nova oportunidade para trabalhar em Moça Bonita. Mais
Júlio Cesar Guimarães/UOL
Desde que o estádio passou a ser rentável, o Botafogo baseou sua economia na arena. Com a interdição do local, o Alvinegro passou a enfrentar dificuldade financeira. "Essa interdição quebrou o Botafogo. A situação é negra. Perdemos mais de R$ 20 milhões por ano sem o Engenhão", disse diretor-executivo Sergio Landau. Mais
Júlio Cesar Guimarães/UOL
No momento da interdição, o Botafogo obteve prazo de 30 dias para a entrega do laudo. O período pedido chegou ao fim e, nos bastidores, uma nova promessa para a divulgação do documento: 10 dias. O Alvinegro descarta que as obras para as Olimpíadas de 2016 aumentem ainda mais o tempo de interdição. Segundo o clube, as reformas poderão ser feitas desde que o estádio esteja em funcionamento.