Sem Negão, Brasil aposta em manutenção da base do tri nas eliminatórias

Renan Prates
Em São Paulo

Um dos principais nomes da história da seleção brasileira de Futebol de Areia, Júnior Negão se despediu recentemente da modalidade. Agora, sem o seu grande nome e às vésperas da estreia nas eliminatórias do Uruguai para a Copa do Mundo dos Emirados Árabes, o Brasil aposta na manutenção da base tricampeã mundial (em torneios da Fifa) para triunfar na competição. Dos 12 convocados, oito foram tricampeões mundiais em 2008 -vale lembrar que o Brasil também venceu em 2006 e 2007.

JOGOS DA 1ª FASE (GRUPO B)
Divulgação
Grupo começa contra o Equador
a caminhada nas eliminatórias
Dia 11/03 - Equador x Brasil
Dia 12/03 - Brasil x Paraguai
Dia 13/03 - Brasil x Venezuela
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"É uma base boa que a gente montou em agosto de 2005, e vem até hoje jogando junto, o que é uma grande vantagem. São jogadores que se entendem até pelo olhar. Formamos um grupo forte e uma base vencedora, que chegou a ficar 75 jogos sem derrota...Temos que aproveitar para inserir alguns jovens para deixar esse grupo ainda melhor", disse o técnico Alexandre Soares.

Os jovens citados pelo treinador são os atacantes Fred (20) e Daniel Souza (21), além do goleiro Alessandro (25), três dos que não estavam no grupo que conquistou a Copa do Mundo no ano passado. Já o defensor Camilo retornou após sofrer com lesões e problemas particulares. "Nós fomos buscá-lo em Vitória [Espírito Santo], o convencemos a não abandonar a modalidade e voltar para a seleção", contou Soares.

O fato é que, se não houver algum 'desastre', o Brasil não terá nenhuma dificuldade em obter a vaga para o Mundial de Dubai (Emirados Árabes) nas eliminatórias que serão disputadas em Montevidéu (Uruguai). E os números comprovam em absoluto esta ideia.

No geral, o Brasil fez 107 partidas contra vizinhos de América do Sul e só perdeu duas vezes (para Argentina e Uruguai). Contra os adversários do seu grupo (B) na primeira fase (Equador, Paraguai e Venezuela), a seleção jogou nove vezes e venceu todas.

RETROSPECTO DO BRASIL CONTRA
OS SEUS RIVAIS SUL-AMERICANOS
PAÍSJOGOSVITÓRIASDERROTAS
Argentina37361
Chile660
Equador---
Paraguai330
Peru16160
Venezuela660
Uruguai39381
TOTAL1071052
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Apesar de reconhecerem o favoritismo e que os uruguaios e argentinos são os principais adversários, os brasileiros se mostraram preocupados com as 'forças emergentes' da competição: o Chile, por ter sido finalista da última Copa Latina, e o Paraguai, por ser em tese o adversário mais forte do grupo B, são os que mais preocupam.

"O Chile chegou na Copa Latina e ninguém sabia de onde vinham os jogadores, se eram do campo ou do salão. Buscamos em todos os lugares informações sobre eles, mas não encontramos. No final, eles acabaram em segundo, desbancando Uruguai e Argentina", exemplificou Soares.

O Brasil estreia nesta quarta-feira contra o Equador, às 15h45 (horário de Brasília). O maior desafio no duelo, sem dúvida, será saber o estilo de jogo do adversário, que nunca disputou uma eliminatória no Futebol de Areia. "Temos curiosidade em saber como estas seleções estão vindo", reconheceu o defensor Buru.

JR NEGÃO SERÁ 'CONSELHEIRO'
AFP/Arquivo
Ele não faz parte mais da equipe que joga pela seleção brasileira - recentemente, oficializou sua despedida. Mas, mesmo assim, Júnior Negão ainda está muito presente no grupo que irá disputar as eliminatórias no Uruguai para a Copa do Mundo de Futebol de Areia em Dubai.
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O fixo da seleção, eleito Melhor Jogador do Mundo em 2007, não acredita em responsabilidade maior por causa do prêmio, e fala em trabalho coletivo para triunfar na competição.

"A minha responsabilidade sempre foi a mesma desde que me tornei titular em 2001, independente ser notado ou não pela mídia", afirmou. "Como sempre nos disse o nosso técnico, o grupo vai vencer através da força dele próprio. Por isso é difícil ver só um atleta se destacando aqui na seleção".

Contrariando o discurso do treinador, que apregoa primeiro a conquista da vaga para o Mundial, e depois a briga pelo título das eliminatórias, Buru acredita que o Brasil tem que pensar grande, pela representatividade que tem no Futebol de Areia mundial.

"Com certeza o Brasil entra para ganhar. Nós não viemos para brigar pelo terceiro ou segundo lugares, e sim pelo primeiro, o que sempre fazemos quando estamos em quadra".

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